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domingo, 17 de maio de 2009


Élder Rafael E. Pino
Dos Setenta

Viver o evangelho (…) significa que estaremos preparados para enfrentar e suportar a adversidade com mais confiança.

Certa manhã, há alguns anos, recebi um telefonema do irmão Omar Alvarez que, na época, servia como um de meus conselheiros no bispado. Sua filha de três anos havia morrido num trágico acidente.

Ele contou-me o que aconteceu naquele dia da seguinte maneira:

“Assim que chegamos a uma das belas praias venezuelanas, nossos filhos pediram que os deixássemos brincar em um riacho perto da praia. Deixamos que fossem. Então, começamos a tirar algumas coisas do carro. Dois minutos depois, percebemos que nossos filhos estavam-se afastando muito da praia.

Quando fomos reuni-los, percebemos que nossa filha de três anos não estava com as outras crianças. Procuramos desesperadamente por ela, e a encontramos flutuando perto do lugar onde estavam as outras crianças. Rapidamente a tiramos da água. Algumas pessoas chegaram para ajudar a salvá-la, mas nada pôde ser feito. Nossa filha caçula havia-se afogado.

Os momentos que se seguiram foram extremamente difíceis, cheios de angústia e sofrimento pela perda de nossa filha mais nova. Esse sentimento logo se transformou num tormento quase insuportável. Contudo, em meio à confusão e incerteza, a noção de que nossos filhos haviam nascido sob convênio nos veio à mente, e graças a esse convênio, nossa filha nos pertencia para a eternidade.

Que bênção é sermos membros da Igreja de Jesus Cristo e termos recebido as ordenanças do Seu templo sagrado! Agora, sentimos que estamos muito mais comprometidos a ser fiéis ao Senhor e a perseverar até o fim, porque queremos ser dignos das bênçãos que o templo proporciona, para que vejamos nossa filha de novo. Às vezes choramos, ‘mas não o fazemos como aqueles que não têm esperança’” [Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith (curso de estudos do Sacerdócio de Melquisedeque e da Sociedade de Socorro, 2007), p. 185].

Aquela família fiel compreendeu que, quando a adversidade chega a nossa vida, a única fonte verdadeira de consolo é Deus. “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14:27).

Vários anos depois da difícil provação enfrentada pela família Alvarez, testemunhei outra família fiel lidar com uma grande adversidade. Vários membros da família Quero morreram num terrível acidente automobilístico. O irmão Abraham Quero perdeu os pais, duas irmãs, o cunhado e a sobrinha nesse acidente. O irmão Quero demonstrou uma atitude admirável ao dizer o seguinte:

“Este é o momento de mostrar lealdade a Deus, de reconhecer que dependemos Dele, que precisamos obedecer a Sua vontade e que Lhe somos sujeitos.

Falei com meus irmãos e dei-lhes força e coragem para compreenderem o que o Presidente Kimball ensinou há muitos anos: ‘não há tragédia na morte, apenas no pecado’ [Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: SpencerW. Kimball (curso de estudos do Sacerdócio de Melquisedeque e da Sociedade de Socorro, 2006), p. 200] e que o importante não é como um homem morreu, mas, sim, como viveu.

As palavras de Jó encheram-me a alma: ‘O Senhor o deu, e o Senhor o tomou: bendito seja o nome do Senhor’ (Jó 1:21). E também as de Jesus: ‘Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá’ (João 11:25).

Essa foi uma das experiências mais espirituais que tivemos como família: aceitar a vontade de Deus em uma situação extremamente difícil.”

Nas experiências pelas quais essas duas famílias passaram, a dor e o sofrimento foram dissipados pela luz do evangelho, que as encheu de paz e consolo, dando-lhes a certeza de que tudo ficaria bem.

Mesmo sabendo que a dor que essas famílias sentiram não se compara à agonia que o Senhor suportou no Getsêmani, isso me permitiu compreender melhor o sofrimento e a Expiação do Salvador. Não há enfermidade, aflição ou adversidade que Cristo não tenha sentido no Getsêmani.

O Senhor revelou o seguinte a Joseph Smith, em Doutrina e Convênios:

“Sofrimento que fez com que eu, Deus, o mais grandioso de todos, tremesse de dor e sangrasse por todos os poros; e sofresse, tanto no corpo como no espírito — e desejasse não ter de beber a amarga taça e recuar —

Todavia, glória seja para o Pai; eu bebi e terminei meus preparativos para os filhos dos homens” (D&C 19:18–19).

O Profeta Joseph Smith, que conhecia muito bem as tempestades da vida, exclamou angustiado durante um de seus momentos mais difíceis: “Ó Deus, onde estás? E onde está o pavilhão que cobre teu esconderijo?” (D&C 121:1).

Então, quando o profeta ergueu a voz, as palavras consoladoras do Senhor chegaram até ele, dizendo:

“Meu filho, paz seja com tua alma; tua adversidade e tuas aflições não durarão mais que um momento;

E então, se as suportares bem, Deus te exaltará no alto; triunfarás sobre todos os teus inimigos” (D&C 121:7–8).

O Presidente Howard W. Hunter disse: “Se nossa vida e nossa fé estiverem centralizadas em Jesus Cristo e Seu evangelho restaurado, nada poderá dar errado para sempre. Por outro lado, se nossa vida não estiver centralizada no Salvador e nos Seus ensinamentos, nenhum outro sucesso poderá dar certo para sempre” (The Teachings of Howard W. Hunter, ed Clyde J. Williams, 1997, p. 40).

O Salvador disse:

“Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica, eu o compararei a um homem prudente que edificou sua casa sobre uma rocha.

E desceu a chuva e chegaram as enchentes e sopraram os ventos e combateram aquela casa; e ela não caiu, porque estava edificada sobre uma rocha.

E todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as cumpre será comparado a um homem imprudente que edificou a sua casa sobre a areia —

E desceu a chuva e chegaram as enchentes e sopraram os ventos e combateram aquela casa; e ela caiu e foi grande a sua queda” (3 Néfi 14:24–27).

É interessante notar que desceu a chuva, chegaram as enchentes e sopraram os ventos nas duas casas! Viver o evangelho não significa que escaparemos para sempre da adversidade. Ao contrário, significa que estaremos preparados para enfrentar e suportar a adversidade com mais confiança.

Presto solene testemunho de que Jesus é o Cristo, nosso Salvador e Redentor. Ele dirige Sua Igreja por intermédio de um profeta vivo, o Presidente Thomas S. Monson. Se vivermos nossa vida de acordo com os ensinamentos do Salvador, sem dúvida teremos paz e consolo que somente Deus pode oferecer (ver Filipenses 4:7). Presto testemunho dessas coisas, em nome de Jesus Cristo. Amém.

sábado, 16 de maio de 2009

Adversidade

Presidente Henry B. Eyring
Primeiro Conselheiro na Primeira Presidência

Presto-lhes meu testemunho de que Deus, o Pai, vive. Ele estabeleceu um rumo para cada um de nós, que pode refinar-nos e aperfeiçoar-nos para que habitemos com Ele.

Meus amados irmãos e irmãs, esta oportunidade de falar a vocês é um grande e sagrado privilégio. Oro para que minhas palavras sejam úteis e os encorajem.

Com todas as diferenças em nossa vida, temos pelo menos um desafio em comum. Todos precisamos lidar com a adversidade. Pode haver períodos, às vezes bem longos, em que nossa vida parece fluir com certa dificuldade. Mas é natural que na vida dos seres humanos o conforto seja substituído pela aflição, que períodos de boa saúde cheguem ao fim e que infortúnios aconteçam. Especialmente quando os bons tempos se prolongam, a chegada do sofrimento ou a perda da segurança material pode causar temor e às vezes até mesmo raiva.

A raiva, ao menos em parte, decorre do sentimento de que ocorreu uma injustiça. A saúde e a tranquilidade de sentir-se seguro podem passar a parecer-nos merecidas e naturais. Quando desaparecem, podemos achar que é injustiça. Até um homem valoroso que conheci, chorou e clamou em meio a seu sofrimento físico aos que lhe foram ministrar: “Sempre procurei ser bom. Como isso pôde acontecer?”

Esse anseio pela resposta à pergunta “Como isso pôde acontecer?” se torna ainda mais doloroso quando as pessoas aflitas são entes queridos. Achamos particularmente difícil de aceitar quando os afligidos nos parecem inocentes. Nesse momento, a aflição pode abalar a fé na realidade de um Deus amoroso e todo-poderoso. Alguns de nós vimos essa dúvida contaminar toda uma geração de pessoas, em tempos de guerra ou fome. Essa dúvida pode crescer e alastrar-se até fazer com que alguns se afastem de Deus, a quem acusam de indiferença ou crueldade. Se não forem combatidos, esses sentimentos podem levar à perda da fé na existência de Deus.

Meu propósito hoje é o de assegurar-lhes que nosso Pai Celestial e o Salvador vivem e que Eles amam toda a humanidade. A própria oportunidade de enfrentarmos adversidades e aflições é uma das provas de Seu infinito amor. Ele nos concedeu a dádiva de viver na mortalidade, a fim de que nos preparássemos para receber o maior de todos os dons de Deus, que é a vida eterna. Então, nosso espírito será transformado. Seremos capazes de desejar o que Deus deseja, de pensar como Ele pensa e, assim, estaremos preparados para que nos seja confiada uma posteridade eterna para ensinar e liderar ao longo das provas da vida, para que nossos descendentes sejam criados de modo a se qualificarem para a vida eterna.

É claro que para receber essa dádiva e essa responsabilidade, precisamos ser transformados por meio de escolhas corretas tomadas em momentos difíceis. Somos preparados para tamanha responsabilidade ao passarmos por experiências que nos provem e testem na mortalidade. Esse aprendizado só pode acontecer se estivermos sujeitos a provações enquanto servimos a Deus e ao próximo em nome Dele.

Durante esse aprendizado, temos aflições e felicidade, vivenciamos a doença e a saúde, sentimos a tristeza do pecado e a alegria do perdão. Só podemos receber esse perdão por meio da infinita Expiação do Salvador, que sofreu dores que não podemos suportar e que só compreendemos muito vagamente.

Somos consolados enquanto esperamos aflitos pelo alívio prometido do Salvador, de que Ele sabe, por experiência própria, como curar-nos e ajudar-nos. O Livro de Mórmon nos dá a plena certeza de Sua capacidade de consolar-nos. A fé que temos nesse poder nos torna pacientes, à medida que oramos, trabalhamos e esperamos pela ajuda. O Senhor poderia ter adquirido conhecimento sobre como socorrer-nos por simples revelação, mas decidiu aprender por experiência própria. Eis o que está escrito em Alma:

“E ele seguirá, sofrendo dores e aflições e tentações de toda espécie; e isto para que se cumpra a palavra que diz que ele tomará sobre si as dores e as enfermidades de seu povo. E tomará sobre si a morte, para soltar as ligaduras da morte que prendem o seu povo; e tomará sobre si as suas enfermidades, para que se lhe encham de misericórdia as entranhas, segundo a carne, para que saiba, segundo a carne, como socorrer seu povo, de acordo com suas enfermidades. Ora, o Espírito sabe todas as coisas; não obstante, o Filho de Deus padece segundo a carne para tomar sobre si os pecados de seu povo, para apagar-lhes as transgressões, de acordo com seu poder de libertação; e eis que agora este é o testemunho que está em mim.”1

Mesmo que sintamos a veracidade dessa aptidão e bondade do Senhor de livrar-nos de nossas provações, ainda assim, elas podem colocar à prova nossa coragem e forças para perseverar. O Profeta Joseph Smith clamou em agonia na prisão:

“Ó Deus, onde estás? E onde está o pavilhão que cobre teu esconderijo? Até quando tua mão será retida e teu olho, sim, teu olho puro, contemplará dos eternos céus os agravos contra teu povo e contra teus servos e teu ouvido será penetrado por seus lamentos?”2

A resposta do Senhor me ajuda e pode dar coragem a todos nós nos momentos tenebrosos. Ei-la:

“Meu filho, paz seja com tua alma; tua adversidade e tuas aflições não durarão mais que um momento; E então, se as suportares bem, Deus te exaltará no alto; triunfarás sobre todos os teus inimigos. Teus amigos apoiam-te e tornarão a saudar-te com coração caloroso e com mãos amistosas. Ainda não estás como Jó; teus amigos não discutem contigo nem te acusam de transgressão, como fizeram a Jó.”3

Tenho visto fé e coragem brotarem de um testemunho de que realmente estamos sendo preparados para a vida eterna. O Senhor vai resgatar Seus discípulos fiéis. E o discípulo que aceitar a provação como um convite para aperfeiçoar-se e assim qualificar-se para a vida eterna encontrará paz em meio às dificuldades.

Conversei, há pouco, com um jovem pai que perdeu o emprego na recente crise econômica. Ele sabia que centenas de milhares de pessoas com as mesmas qualificações que as dele estavam desesperadamente procurando emprego para sustentar a família. Sua serena confiança me fez perguntar o que ele havia feito para ter tanta certeza de que encontraria um meio de sustentar a família. Disse-me que havia examinado a própria vida para ter certeza de que havia feito todo o possível para ser digno da ajuda do Senhor. Era evidente que devido a suas necessidades e sua fé em Jesus Cristo ele estava sendo levado a obedecer aos mandamentos de Deus mesmo que isso fosse difícil. Ele disse que percebeu essa oportunidade, quando ele e a esposa leram, em Alma, a escritura que diz que o Senhor preparou certo povo para receber o evangelho por meio da adversidade.

Vocês devem lembrar-se da ocasião em que Alma se dirigiu ao homem que liderava aquelas pessoas angustiadas. Esse homem disse para Alma que eles haviam sido perseguidos e rejeitados por sua pobreza. Assim diz o registro:

“E então, quando ouviu isso, Alma voltou-se para ele e olhou com grande alegria, pois viu que suas aflições verdadeiramente os haviam tornado humildes e que estavam preparados para ouvir a palavra. Portanto ele não falou mais à outra multidão; mas estendeu a mão e clamou aos que via e eram verdadeiramente penitentes; e disse-lhes: Vejo que sois humildes de coração; e, se assim é, benditos sois.”4

A escritura prossegue elogiando os que se prepararam para a adversidade em momentos de maior prosperidade. Muitos de vocês tiveram fé para tentar qualificar-se para receber a ajuda de que agora precisam, antes que a crise chegasse.

E Alma prosseguiu: “Sim, aquele que verdadeiramente se humilhar e arrepender-se de seus pecados e perseverar até o fim, esse será abençoado — sim, será muito mais abençoado do que aqueles que são compelidos a humilhar-se devido a sua extrema pobreza”.5

Aquele jovem com quem conversei recentemente foi um dos que fizeram mais do que apenas armazenar alimentos e economizar para os infortúnios preditos pelos profetas vivos. Ele começara a preparar o coração para ser digno da ajuda do Senhor, da qual sabia que precisaria em uma necessidade não muito distante. Quando perguntei à esposa dele, no dia em que ele perdeu o emprego, se estava preocupada, ela disse com alegria: “Não. Acabamos de falar com o bispo. Somos dizimistas integrais”. Ainda é cedo para dizer, mas senti o mesmo que eles: “As coisas vão dar certo”. A tragédia não abalou sua fé. Ela a provou e fortaleceu. E a paz que o Senhor prometeu, já havia sido concedida em meio à tempestade. Outros milagres sem dúvida acontecerão.

O Senhor sempre adapta a ajuda ao necessitado de modo a fortalecê-lo e purificá-lo. Frequentemente esse auxílio vem por meio da inspiração de fazer o que parece especialmente difícil para a pessoa que precisa de ajuda. Uma das grandes provações da vida é perder o cônjuge amado. O Presidente Hinckley descreveu a dor que sentiu quando já não tinha mais a esposa a seu lado. O Senhor conhece as necessidades daqueles que foram separados de seus entes queridos pela morte. Ele viu o sofrimento das viúvas e sabia de suas necessidades devido a Sua experiência terrena. Ele pediu a um Apóstolo amado, na agonia da cruz, que cuidasse de Sua mãe viúva que agora perderia um filho. Ele agora sente as necessidades do marido que perde a esposa, e da esposa que fica sozinha com a morte do marido.

A maioria de nós conhece uma viúva que precisa de atenção. O que me emociona é ouvir, como já aconteceu, uma viúva mais idosa, que eu pretendia voltar a visitar, dizer que fora inspirada a visitar uma viúva mais jovem para consolá-la. Uma viúva que precisava de consolo foi enviada para consolar outra. O Senhor auxiliou e abençoou as duas viúvas inspirando-as a encorajarem-se mutuamente. Desse modo, Ele socorreu ambas.

O Senhor enviou ajuda dessa mesma forma àquelas pessoas pobres e humildes, como narrado em Alma 34, que aceitaram os ensinamentos e o testemunho de Seus servos. Depois de se arrependerem e serem convertidos, eles continuaram pobres, mas o Senhor mandou que fizessem por outras pessoas o que eles, com razão, poderiam achar que estava além de sua capacidade, pois eles próprios precisavam de ajuda. O Senhor lhes disse que eles precisavam dar a outros o que esperavam receber do Senhor. Por meio de Seu servo, o Senhor deu àqueles pobres conversos esta árdua tarefa: “E agora, meus amados irmãos, eis que vos digo que não penseis que isto é tudo; porque depois de haverdes feito todas estas coisas, se negardes ajuda aos necessitados e aos nus e não visitardes os doentes e aflitos nem repartirdes o vosso sustento, se o tendes, com os que necessitam — digo-vos, se não fizerdes qualquer destas coisas, eis que vossa oração é vã e de nada vos vale e sois como os hipócritas que negam a fé.”6

Talvez pareça demasiado pedir isso de pessoas que estavam, elas próprias, passando grandes necessidades. Mas conheço um jovem que foi inspirado a fazer exatamente isso no início de seu casamento. Ele e a esposa mal conseguiam sustentar-se com um orçamento bem limitado. Mas ao ver outro casal ainda mais pobre, para surpresa de sua própria esposa, ele os ajudou com seus escassos recursos financeiros. Receberam a bênção prometida de paz enquanto ainda eram pobres. A bênção de uma prosperidade que estava além de seus maiores sonhos chegou mais tarde. Mas ele continua seguindo esse padrão de procurar ajudar alguém necessitado, alguém que tenha menos do que ele ou que esteja sofrendo.

Ainda há outra provação que, se for bem suportada, pode proporcionar bênçãos nesta vida e na eternidade. A idade e a doença podem ser as maiores provações. Tenho um amigo que serviu como nosso bispo quando minhas filhas ainda viviam em casa. Elas contam o que sentiam quando ele prestava seu simples testemunho ao redor de fogueiras durante acampamentos nas montanhas. Ele as amava, e elas sabiam disso. Ele foi desobrigado de seu cargo como nosso bispo. Já havia servido como bispo antes em outro estado. As pessoas que conheci na ala anterior lembram-se dele da mesma forma que minhas filhas.

Eu o visitava em casa de tempos em tempos para agradecer-lhe e dar-lhe uma bênção do sacerdócio. Sua saúde começou a se deteriorar lentamente. Não lembro todas as doenças que teve. Precisou ser operado. Sentia dores constantes. Entretanto, toda vez que eu o visitava para dar-lhe consolo, a situação se invertia. Era eu que sempre saía consolado. As dores nas costas e nas pernas forçaram-no a usar uma bengala para caminhar. Mas ele estava sempre na igreja, sentado junto à porta, onde podia cumprimentar, com um sorriso, os que chegavam cedo.

Jamais esquecerei o sentimento de admiração e assombro que tive quando abri a porta e o vi caminhando pela entrada da casa. Era o dia em que colocávamos as latas de lixo para serem recolhidas pelo lixeiro. Eu as havia colocado na calçada pela manhã e, agora, lá vinha ele subindo a rampa da minha garagem arrastando uma de minhas latas de lixo com uma mão e equilibrando-se com a ajuda da bengala na outra. Estava-me ajudando em algo que ele imaginava que eu precisava, mas que ele próprio precisava muito mais. E fazia isso com um sorriso, sem ninguém pedir.

Eu o visitei quando ele finalmente teve que ser tratado por médicos e enfermeiras. Estava no leito de um hospital, sentindo dores, mas sempre sorridente. Sua esposa me ligara para dizer que ele estava ficando mais fraco. Meu filho e eu lhe demos uma bênção do sacerdócio em seu leito, quando ele estava todo conectado a tubos e frascos. Selei a bênção com a promessa de que ele teria tempo e forças para fazer tudo o que Deus esperava dele nesta vida para passar em todos os testes. Ele estendeu a mão para segurar a minha quando me afastei do leito para sair. Fiquei surpreso com a força de seu aperto de mão e a firmeza de sua voz ao dizer: “Vou conseguir”.

Deixei-o achando que o veria de novo em breve, mas recebi um telefonema no dia seguinte. Ele tinha ido para o lugar glorioso em que verá o Salvador, que é o juiz perfeito, para ele e para nós. Ao falar em seu funeral, lembrei-me das palavras proferidas por Paulo quando soube que iria para o lugar ao qual meu vizinho e amigo tinha ido:

“Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério. Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.”7

Tenho certeza de que meu vizinho conseguiu vencer sua provação e que se apresentará ao Juiz com um sorriso alegre. Presto-lhes meu testemunho de que Deus, o Pai, vive. Ele estabeleceu um rumo para cada um de nós, que pode refinar-nos e aperfeiçoar-nos para que habitemos com Ele. Testifico que o Salvador vive. Sua Expiação permite que sejamos purificados, se guardarmos Seus mandamentos e nossos convênios sagrados. Sei por experiência própria que Ele pode e vai dar-nos forças para vencer todas as provações. O Presidente Monson é o profeta do Senhor. Ele possui todas as chaves do sacerdócio. Estamos na verdadeira Igreja do Senhor, com Ele, edificando uns aos outros, tendo a benção de socorrer os companheiros de aflição que Ele coloca em nosso caminho. Em nome de Jesus Cristo. Amém.





Pai Querido ..

Grandioso é o TEU poder em salvar e ajudar ... Peço-te em tua grande sabedoria, que me ajude para q eu possa moldar a minha vida, conforme a tua vontade.

Graças dou a Ti pelo Teu Amor, e pelo Amor de Teu Filho, Jesus Cristo, por Sua Expiação na cruz do calvário...

Cristo sofreu grandes dores, TODAS as minhas dores... Por isso sei, que por mais que hoje eu tenha aflições, todas elas já foram sofridas e vividas por Cristo, e confiando e depositando minha Fé nEle , eu vencerei tbm , pois Cristo já venceu.

Graças dou a Ti, Pai Eterno, pela oportunidade que me dás de poder me arrepender de meus erros, e escolher viver o q é certo.

Em nome de Cristo , q te agredeço.


Amém


sexta-feira, 8 de maio de 2009

Tenham Bom Ânimo

Presidente Thomas S. Monson

Tenham bom ânimo. O futuro é tão brilhante quanto sua fé.

Meus queridos irmãos e irmãs, expresso-lhes todo o meu amor. Sinto-me humilde pela responsabilidade de falar-lhes, mas também grato pela oportunidade de fazê-lo.

Desde a última vez em que nos reunimos numa conferência geral, há seis meses, houve sinais contínuos de que a situação do mundo não está exatamente como gostaríamos que estivesse. A economia mundial, que há seis meses parecia estar afundando, agora parece ter mergulhado de cabeça, e há muitas semanas que as perspectivas econômicas parecem estar um tanto sombrias. Além disso, o esteio moral da sociedade continua decaindo, ao passo que aqueles que procuram salvaguardar esse alicerce são frequentemente ridicularizados e, às vezes, combatidos e perseguidos. Continua a haver guerras, catástrofes naturais e infortúnios pessoais.

Seria fácil ficarmos desanimados e descrentes em relação ao futuro, ou até temerosos do que está por vir, se nos concentrássemos apenas no que está errado no mundo e em nossa vida. Hoje, em vez disso, gostaria de afastar nossos pensamentos e atitude dos problemas que nos cercam e centralizar a atenção nas bênçãos que temos como membros da Igreja. O Apóstolo Paulo declarou: “Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação”.1

Ninguém passa pela vida sem problemas e desafios, e mesmo tragédias e infortúnios. Afinal, em grande parte, estamos aqui para aprender e crescer por meio desses acontecimentos em nossa vida. Sabemos que há momentos em que teremos sofrimento, pesar e tristeza. Contudo, foi-nos dito: “Adão caiu para que os homens existissem; e os homens existem para que tenham alegria”.2

Como podemos ter alegria na vida a despeito de tudo que venhamos a enfrentar? Novamente, as escrituras declaram: “Portanto tende bom ânimo e não temais, porque eu, o Senhor, estou convosco e ficarei ao vosso lado”.3

A história da Igreja nesta dispensação da plenitude dos tempos está repleta de experiências de pessoas que enfrentaram dificuldades, mas ainda assim permaneceram firmes e tiveram bom ânimo, centralizando a vida no evangelho de Jesus Cristo. Essa atitude vai ajudar-nos a superar qualquer coisa que venhamos a enfrentar. Não vai fazer nossos problemas desaparecerem, mas vai permitir que enfrentemos os desafios com coragem e saiamos deles vitoriosos.

São incontáveis os exemplos de pessoas que enfrentaram situações difíceis, mas perseveraram e venceram graças à fé no evangelho e no Salvador que lhes deram a força de que necessitavam. Hoje, porém, gostaria de compartilhar com vocês três desses exemplos.

Primeiro, da minha própria família, gostaria de mencionar uma experiência tocante que sempre foi uma inspiração para mim.

Meus bisavós maternos, Gibson e Cecelia Sharp Condie moravam em Clackmannan, Escócia, e sua família trabalhava na mineração de carvão. Estavam em paz com o mundo, cercados de parentes e amigos, tendo uma casa razoavelmente confortável no país que amavam. Então, ouviram a mensagem dos missionários de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias e se converteram do fundo da alma. Ouviram o chamado para que os santos se reunissem em Sião e souberam que precisavam atender a esse chamado.

Por volta de 1848, venderam suas propriedades e se prepararam para a perigosa viagem através do imenso Oceano Atlântico. Com cinco filhos pequenos, subiram a bordo de um navio a vela, com tudo o que possuíam neste mundo dentro de um pequeno baú. Viajaram quase cinco mil quilômetros de navio: oito longas e cansativas semanas no mar traiçoeiro, observando e esperando, consumindo água e alimentos de má qualidade, sem contar com nenhuma ajuda fora daquele pequeno navio.

No meio daquela situação angustiante, um dos filhos pequenos, ficou doente. Não havia médico ou farmácia onde pudessem comprar remédios para aliviar seu sofrimento. Cuidaram dele, oraram, esperaram e choraram, ao verem seu estado de saúde piorar dia a dia. Quando finalmente seus olhos se fecharam na morte, sentiram o coração dilacerado. Para aumentar sua dor, as leis do mar precisavam ser cumpridas. Envolto em uma lona amarrada a um peso de ferro, o pequeno corpo foi lançado às águas, que foram sua sepultura. Ao prosseguirem a viagem, somente aqueles pais sabiam do peso esmagador que lhes oprimia o coração partido.4 No entanto, com uma fé proveniente de sua profunda convicção da verdade e de seu amor pelo Senhor, Gibson e Cecelia permaneceram firmes. Foram consolados por estas palavras do Senhor: “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”.5

Quão grato sou por ter antepassados que tiveram fé suficiente para deixar seu lar confortável e viajar para Sião, fazendo sacrifícios que mal consigo imaginar. Agradeço a meu Pai Celestial pelo exemplo de fé, coragem e determinação que Gibson e Cecelia Sharp Condie deixaram para mim e para toda a sua posteridade.

Apresento, em seguida, um homem educado e cheio de fé que foi um epítome da paz e alegria que o evangelho de Jesus Cristo pode proporcionar à vida de uma pessoa.

Certo dia, tarde da noite, numa ilha do Pacífico, um pequeno bote aportou em silêncio no tosco cais. Duas mulheres polinésias ajudaram Meli Mulipola a sair do barco e o conduziram pelo caminho de terra que levava até a estrada da vila. As mulheres ficaram admiradas com as estrelas reluzentes que brilhavam no céu da meia-noite. O luar as guiava pelo caminho. No entanto, Meli Mulipola não podia apreciar as maravilhas da natureza — a lua, as estrelas, o céu — porque ele era cego.

O irmão Mulipola tivera visão normal até o dia fatídico em que, ao trabalhar numa plantação de abacaxis, a luz subitamente se tornou em trevas e o dia se transformou numa noite eterna. Sentiu-se deprimido e desanimado até conhecer as “boas novas” do evangelho de Jesus Cristo. Colocou a vida em harmonia com os ensinamentos da Igreja e novamente sentiu esperança e alegria.

O irmão Mulipola e seus entes queridos fizeram uma longa viagem, ao saber que um portador do sacerdócio de Deus visitaria a Oceania. Ele queria receber uma bênção, e tive o privilégio, juntamente com outro portador do Sacerdócio de Melquisedeque, de dar-lhe essa bênção. Ao terminarmos, percebi que lágrimas rolavam de seus olhos sem visão, correndo pelo rosto moreno e pingando em sua roupa nativa. Ele caiu de joelhos e orou: “Ó Deus, tu sabes que estou cego. Teus servos me abençoaram para que eu possa recuperar a visão. Quer em Tua sabedoria eu veja luz ou permaneça em trevas durante todos os dias de minha vida, eu Te serei eternamente grato pela veracidade de Teu evangelho, que agora vejo, e que me proporciona a luz da minha vida”. Ergueu-se e, sorrindo, agradeceu-nos por ter-lhe dado a bênção. Em seguida, foi-se embora na calada da noite. Em silêncio chegou, em silêncio partiu. Mas jamais me esquecerei de sua presença, que me fez refletir nesta mensagem do Mestre: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida”.6

Meus irmãos e irmãs, todos temos essa luz na vida. Não estamos abandonados e sozinhos, por mais escuro que seja nosso caminho.

Gosto imensamente destas palavras escritas por M. Louise Haskins:

Eu disse ao homem que estava junto ao portão do ano:
“Dê-me luz para que eu possa caminhar com segurança para o desconhecido!”
Mas ele respondeu:
“Saia para o meio das trevas e pegue a mão de Deus.
Isso será melhor para você do que uma luz, e mais seguro do que um caminho conhecido.”7

O relato de meu último exemplo de pessoa que perseverou e por fim venceu, a despeito de situações extremamente difíceis, começa na Prússia Oriental, depois da Segunda Guerra Mundial.

Por volta de março de 1946, menos de um ano após o final da guerra, Ezra Taft Benson, que na época era membro do Quórum dos Doze, acompanhado por Frederick W. Babbel, recebeu o encargo especial de viajar pela Europa com o intuito específico de reunir-se com os santos, avaliar suas necessidades e prover-lhes assistência. O Élder Benson e o irmão Babbel contaram mais tarde, com base no testemunho que ouviram, a experiência pessoal de uma irmã da Igreja que foi parar numa região que já não era controlada pelo governo do país em que ela morara.

Ela e o marido tiveram uma vida de sonho na Prússia Oriental. Teve início, então, a Segunda Guerra Mundial. Seu amado e jovem marido foi morto nos últimos dias das terríveis batalhas travadas no seu país de origem, deixando-a sozinha para cuidar de quatro filhos.

As forças de ocupação determinaram que os alemães da Prússia Oriental deveriam ir para a Alemanha Ocidental procurar um novo lar. A mulher era alemã, portanto teve que ir. Era uma viagem de mais de 1.600 quilômetros, e ela não tinha como fazê-la a não ser a pé. Foi-lhe permitido carregar apenas alguns pertences básicos que conseguiu colocar em seu pequeno carrinho de rodas de madeira. Além dos filhos e uns poucos pertences, ela levava consigo uma vigorosa fé em Deus e no evangelho revelado ao profeta moderno, Joseph Smith.

Ela e os filhos começaram a viagem no final do verão. Sem comida nem dinheiro, foi obrigada a coletar seu sustento diário nos campos e florestas ao longo do caminho. Enfrentou constantes perigos ao deparar-se com refugiados em pânico e soldados que pilhavam.

À medida que os dias se tornaram semanas, e as semanas, meses, a temperatura caiu abaixo de zero. Ela seguiu trôpega a cada dia, andando sobre o solo congelado, com a filha caçula, apenas um bebê, nos braços. Seus outros três filhos seguiam-na com dificuldade, e o mais velho, de sete anos, puxava o carrinho de madeira contendo seus pertences. Tiras velhas de sacos de estopa envolviam seus pés, provendo a única proteção para eles, porque os sapatos, havia muito, tinham-se desintegrado. Contavam apenas com casacos leves e puídos que lhes cobriam as roupas leves e rotas como única proteção contra o frio.

Pouco depois, começou a nevar, e os dias e as noites se tornaram um pesadelo. À noite, ela e as crianças procuravam algum tipo de abrigo, um celeiro ou barracão, e se aninhavam uns aos outros para manter o calor, debaixo de leves cobertores tirados do carrinho.

Ela se esforçava muito para expulsar da mente o terrível temor de que pereceriam antes de chegar a seu destino.

Então, certa manhã, algo inimaginável aconteceu. Ao acordar, sentiu um calafrio no coração. O corpinho da filha de três anos estava frio e inerte, e ela percebeu que a morte havia levado a criança. Embora estivesse arrasada com o sofrimento, sabia que precisaria pegar os outros filhos e prosseguir a viagem. Antes, porém, usou sua única ferramenta, uma colher, para cavar uma sepultura no chão congelado para sua preciosa filhinha.

A morte, porém, seria sua companheira constante durante toda a jornada. Seu filho de sete anos morreu, de fome ou de frio, ou ambos. Novamente, sua única pá era a colher, e novamente ela cavou por várias horas para depositar carinhosamente os restos mortais dele na terra. Em seguida, seu filho de cinco anos também morreu, e novamente ela usou a colher como pá.

Seu desespero era devastador. Só lhe restara sua pequena filha bebê, que estava com a saúde debilitada. Por fim, ao chegar ao fim da jornada, o bebê morreu em seus braços. Ela havia perdido a colher, por isso cavou o solo congelado com as próprias mãos, por várias horas. Sua dor tornou-se insuportável. Como conseguiria ajoelhar-se na neve ao lado da sepultura de sua última filha? Tinha perdido o marido e todos os filhos. Havia perdido todos os bens terrenos, seu lar e até seu país natal.

Nesse momento de terrível angústia e total desespero, sentiu que seu coração literalmente se despedaçava. Em desespero, imaginou como daria fim à própria vida, como muitos de seus compatriotas estavam fazendo. Seria muito fácil pular de uma ponte das redondezas, pensou ela, ou jogar-se na frente de um trem.

Então, quando esses pensamentos a atormentavam, algo dentro dela lhe disse: “Ajoelhe-se e ore”. Ela ignorou o sentimento até não conseguir mais resistir a ele. Ajoelhou-se e orou mais fervorosamente do que jamais havia feito em toda a vida:

“Querido Pai Celestial, não sei mais como prosseguir. Nada me restou, a não ser minha fé em Ti. Sinto, Pai, em meio à desolação de minha alma, uma imensa gratidão pelo sacrifício expiatório de Teu Filho Jesus Cristo. Não consigo expressar todo o amor que sinto por Ele. Sei que, por Ele ter sofrido e morrido, eu viverei novamente com minha família. Sei que, por Ele ter rompido as cadeias da morte, eu verei meus filhos de novo e terei a alegria de criá-los. Embora neste momento eu não tenha o desejo de viver, eu o farei, para que possa reunir-me com eles como família e retornarmos — juntos — a Tua presença.”

Quando ela finalmente chegou a seu destino, em Karlsruhe, Alemanha, estava muito magra. O irmão Babbel disse que o rosto dela tinha uma coloração roxo-acinzentada, os olhos estavam vermelhos e inchados, e as articulações salientes. Estava, literalmente, em estado avançado de desnutrição. Numa reunião da Igreja realizada pouco depois, ela prestou um glorioso testemunho, declarando que, de todas as pessoas que sofriam em seu triste país, ela era uma das mais felizes, porque sabia que Deus vive, que Jesus é o Cristo, e que Ele morreu e ressuscitou para que todos possamos viver novamente. Testificou que sabia que, se continuasse fiel e leal até o fim, ela se reuniria com aqueles que havia perdido e seria salva no reino celestial de Deus.8

Lemos nas santas escrituras: “Eis que os justos, os santos do Santo de Israel, os que tiverem acreditado [Nele], os que tiverem suportado as cruzes do mundo (…) herdarão o reino de Deus, (…) e sua alegria será completa para sempre”.9

Testifico a vocês que as bênçãos que nos foram prometidas são imensuráveis. Embora se formem nuvens de tempestade, embora a chuva seja derramada sobre nós, nosso conhecimento do evangelho e nosso amor pelo Pai Celestial e por nosso Salvador vão consolar-nos e dar-nos alento e alegria ao coração, se andarmos em retidão e guardarmos os mandamentos. Não haverá nada neste mundo que possa nos derrotar.

Meus amados irmãos e irmãs, não temam. Tenham bom ânimo. O futuro é tão brilhante quanto sua fé.

Declaro que Deus vive e que Ele ouve e atende nossas orações. Seu Filho Jesus Cristo é nosso Salvador e Redentor. As bênçãos do céu estão reservadas para nós. Em nome de Jesus Cristo. Amém.