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sexta-feira, 28 de agosto de 2009

♥ Jesus Cristo - Nosso Salvador ♥

Jesus Cristo é o Filho de Deus. Ele é o Filho Unigênito do Pai Celestial na carne.

É o nosso Redentor. Por intermédio de Jesus Cristo, o Pai Celestial proporcionou-nos um meio pelo qual todas as pessoas podem tornar-se como Ele e voltar a viver com Ele para sempre.

Nós amamos a Cristo. Adoramos a Cristo. Ele é o nosso exemplo e o nosso Salvador.

Quando Jesus viveu sobre a Terra (há aproximadamente 2.000 anos), Sua vida foi perfeita. Ele ensinou por palavra e exemplo que as pessoas devem viver cheias de amor a Deus e ao próximo.

Por intermédio de Seu sofrimento no Jardim do Getsêmani e do sacrifício de Sua vida na cruz, ou seja, por meio da Expiação, Jesus Cristo salva-nos de nossos pecados (I Pedro 2:21); contanto que O sigamos. Graças à Expiação, podemos ser perdoados de nossos pecados se nos arrependermos sinceramente (Livro de Mórmon, Mosias 26:30).

Por meio de Sua Ressurreição, Jesus Cristo salvou-nos da morte. Graças a Ele ter vencido a morte, nós receberemos a dádiva da ressurreição (Atos 24:15; I Coríntios 15:22). Quando a vida nesta Terra terminar, Jesus Cristo será o Juiz Supremo. (Atos 17:31; João 5:21-22; Atos 10:42)


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* AnDrEzA *



quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Como posso descobrir o rumo a seguir na vida?

Existem tantas vozes nos dizendo o que fazer e como pensar que é fácil ficarmos confusos. Mas seu Pai Celestial não o abandonou para que pensasse sozinho sobre tudo.

Voltando-se para Deus, você pode encontrar respostas para suas perguntas e significado para as experiências de sua vida, não importa quão difíceis elas possam parecer.

Você pode receber orientação de seu Pai Celestial de diversas maneiras:

  • A oração o coloca em comunicação direta com Deus, que lhe pode revelar as respostas.
  • As escrituras contêm a verdade revelada por meio dos profetas de Deus. Muitas pessoas encontraram respostas nas escrituras, e você também pode encontrar.
  • Deus também concedeu testemunhas especiais em nossa época, chamados apóstolos e profetas. Dar-lhes ouvidos pode fornecer-lhe orientação para lidar com os desafios da vida.
Deus é a fonte final da verdade. Ele nunca o desencaminhará. Ele o ama e está ansioso para ajudá-lo, quando você O procura com fé.


terça-feira, 25 de agosto de 2009

" O propósito da vida "

purposeoflife

" O propósito da vida "

Alguma vez você já pensou que a vida não pode ser simplesmente viver um dia após o outro? A vida é mais do que isso; muito mais! A sua vida tem um propósito divino.

Deus, o seu Pai Celestial, preparou um plano maravilhoso para que você seja feliz. Quando nos damos conta de que Deus tem um plano para nós, fica mais fácil de entender o motivo de estarmos nesta Terra.

Deus quer que todos os filhos progridam e se tornem mais semelhantes a Ele. O tempo que passamos na Terra dá-nos a oportunidade de desenvolver-nos e progredir. Estar aqui permite que você: Receba um corpo físico. Utilize o arbítrio para escolher entre o bem e o mal. Aprenda e ganhe a experiência que o ajudará a tornar-se mais semelhante ao seu Pai Celestial. Se você seguir o plano de nosso Pai Celestial, poderá voltar a viver com Ele e com os seus entes queridos (e o mesmo acontecerá com todos os filhos do Pai) ; você terá mais paz nesta vida e alegria eterna na vida futura.



" A IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS "

www.lds.org.br



AnDrEzA

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

MARJORIE HINCKLEY

"ENCONTREI HJ A MENSAGEM DA LÁPIDE DA IRMÃ MARJORIE HINCKLEY E QUÃO MARAVILHOSO É SABER QUE PESSOAS VIVERAM PARA NOS DEIXAR SUA PRÓPRIA VIDA E EXPERIENCIA COMO UMA VERDADEIRO LEGADO DE FÉ.
DÁ PRA VER SÓ EM LER, QUE NÃO SÃO APENAS PALAVRAS, ELA REALMENTE VIVEU ESSA PLENITUDE."


"Eu não quero dirigir-me às portas do céu em um carro esporte brilhante, vestida com roupas estonteantes de grandes costureiros, com meu cabelo cuidadosamente penteado e com unhas perfeitas.
Eu quero chegar num carro de família, com lama nas rodas por ter levado as crianças ao acampamento dos escoteiros.
Eu quero estar lá com creme de amendoim em minha camisa, devido aos sanduíches que fiz às crianças de uma vizinha doente.
Eu quero estar lá com poeira embaixo das unhas por ter ajudado a tirar ervas daninhas do jardim de alguém.
Eu quero estar lá com as marcas dos beijos grudentos de crianças em minha bochecha e com lágrimas de um amigo em meu ombro.
Eu quero que o Senhor saiba que eu realmente estava aqui e que realmente vivi."


Impossível não ser Grata a essa Maravilhosa Mulher de Fé, que tantos exemplos nos deixou para que possamos aprender como ser melhores, mães, filhas, esposas, servas , amigas (...)

Com Amor ...


* Como planejar a Rota que Conduz a FELICIDADE *




A Felicidade é algo ilusório.
É como o pote de ouro no fim do arco-iris. Se formos deliberadamente procurá-la, talvéz tenhamos dificulade em alcançá-la.




Mas se seguirmos de perto as orientações, planejando o caminho a ser seguido, não precisaremos procurá-la. Ela nos alcançará e permanecerá conosco.
"Qual o preço da felicidade?"

Ficar-se-ia surpreso com a resposta. As portas da felicidade estão abertas àqueles que vivem o evangelho de Jesus Cristo em toda sua pureza e simplicidade.

Como um marinheiro sem estrelas, um viajante sem bússula, é a pessoa que caminha pela vida sem nada planejar.
A certeza da suprema felicidade, a certeza de uma vida cheia de sucessos nesta existência e de exaltação e vida eterna na outra, advém a todos os que vivem em completa harmonia com o evangelho de Jesus Cristo - e consistentemente seguem o roteiro estabelecido.



(Spencer W. Kimball, O Milagre do Perdão, pg 259)

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Dignidade e Coragem

Presidente Thomas S. Monson
Primeiro Conselheiro na Primeira Presidência
( ATUAL PRIMEIRO PRESIDENTE DE A IGREJA DE JESUS CRISTO DOS
SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS )

“Certamente enfrentaremos medo, experimentaremos o ridículo, e encontraremos oposição. Que possamos ter a coragem para desafiar o consenso, a coragem de seguir princípios. Coragem, não compromisso, trás o sorriso de aprovação de Deus. A coragem se torna um modo de vida e uma virtude atraente quando não é considerada apenas um desejo de morrer virilmente, mas como a determinação de viver decentemente. Um covarde moral é alguém que tem medo de fazer o que ele acha que é certo porque outros desaprovarão ou rirão dele. Lembre-se que todos os homens tem os seus medos, mas aqueles que os enfrenta com dignidade tem coragem também”.

(Courage Counts (A Coragem Conta), New Era, set. 2006, 2-6).





Agora É o Tempo

Agora É o Tempo


Presidente Thomas S. Monson
Primeiro Conselheiro na Primeira Presidência
( ATUAL PRIMEIRO PRESIDENTE DE A IGREJA DE JESUS CRISTO DOS
SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS )

"Que vivamos de forma que, ao ouvirmos a convocação final, não tenhamos sérios arrependimentos nem algum negócio inacabado."

Ao me colocar diante de vocês nesta manhã, meus pensamentos voltam-se para a minha juventude, quando na Escola Dominical, costumávamos cantar o lindo hino: "Se bem-vindo, dia santo, hoje vamos repousar. Desfrutando todo o encanto deste dia de orar"

Neste Dia do Senhor, oro para ser o alvo de sua fé e orações ao aceitar o convite de lhes dirigir a palavra.

Todos nós fomos atingidos de forma dramática pelos trágicos acontecimentos daquele fatídico dia 11 de setembro de 2001. Repentinamente, sem aviso, uma destruição devastadora trouxe a morte em seu encalço e ceifou a vida de um número enorme de homens, mulheres e crianças. Dissiparam-se todos os planos cuidadosamente preparados para um futuro promissor. Em seu lugar, ficaram as lágrimas de tristeza e o pranto de dor de almas feridas.

Durante as últimas três semanas e meia foram inúmeros os relatórios que ouvimos daqueles que foram afetados de algum modo — direta ou indiretamente — pelos acontecimentos daquele dia. Gostaria de contar-lhes os comentários feitos por um membro da Igreja, Rebecca Sindar, que estava em um vôo de Salt Lake City para Dallas naquela manhã de terça-feira, 11 de setembro. Seu vôo foi interrompido assim como outros vôos que estavam no ar no momento das tragédias, e o avião pousou em Amarillo, no Texas. A irmã Rebeca conta: "Descemos todos do avião e encontramos aparelhos de televisão no aeroporto onde nos aglomeramos para assistir à transmissão do que ocorrera. As pessoas formavam filas para telefonar aos seus entes queridos e certificarem-se de que eles estavam bem. Vou lembrar-me para sempre de cerca de doze missionários que estavam a caminho do campo missionário em nosso vôo. Eles fizeram suas ligações e então vi-os reunirem-se em um canto do aeroporto e, em círculo ajoelharem-se para orar. Como gostaria de ter capturado aquele momento para compartilhar com as mães e os pais daqueles meigos rapazes que sentiram a necessidade de orar imediatamente".

Meus irmãos e irmãs, a morte chegará para toda a humanidade. Ela vem para os idosos que caminham vacilantes. Seu chamado é ouvido por aqueles que mal atingiram a metade da jornada da vida e muitas vezes silencia o riso de criancinhas. A morte é um fato do qual ninguém pode escapar nem negar.

Freqüentemente a morte vem como uma intrusa. É como uma inimiga que aparece de repente no meio da festa da vida, apagando as luzes e acabando com a alegria. A morte pousa sua mão sombria sobre aqueles que nos são caros e, algumas vezes, deixa-nos perplexos e abismados. Em determinadas situações, como as de grande sofrimento e doença, a morte chega como um anjo de misericórdia. Mas na maior parte das vezes, pensamos nela como a inimiga da felicidade humana.

A escuridão da morte poderá ser sempre dissipada pela luz da verdade revelada. "Eu sou a ressurreição e a vida", disse o Mestre. "Quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá."

Essa certeza — de fato uma confirmação sagrada — da vida além-túmulo poderia bem trazer a paz prometida pelo Salvador quando Ele declarou a Seus discípulos: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize"

Da escuridão e do terror do Calvário ouviu-se a voz do Cordeiro, dizendo: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito (. . .)".E a escuridão dissipou-se, pois Ele estava com Seu Pai. Ele viera de Deus e para Ele retornara. Então, os que caminham com Deus nesta peregrinação terrena sabem, por experiência sagrada, que Ele não abandonará os filhos que Nele confiam. Na noite da morte, Sua presença será "melhor que a luz e mais segura do que o caminho conhecido".

Na estrada para Damasco, Saulo teve uma visão do Cristo ressurreto e exaltado. Mais tarde, como Paulo, defensor da verdade e missionário destemido a serviço do Mestre, ele prestou testemunho do Senhor ressurreto ao declarar aos santos de Corinto: "(. . .) Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras,

(. . .) foi sepultado, e (. . .) ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.

(. . .) foi visto por Cefas, e depois pelos doze.

Depois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos. (. . .)

Depois foi visto por Tiago, depois por todos os apóstolos.

E por derradeiro de todos me apareceu também a mim (. . .)".

Em nossa dispensação, esse mesmo testemunho foi prestado intrepidamente pelo Profeta Joseph Smith, quando ele e Sidney Rigdon testificaram:

"E agora, depois dos muitos testemunhos que se prestaram dele, este é o testemunho, último de todos, que nós damos dele: Que ele vive!

Porque o vimos, sim, à direita de Deus; e ouvimos a voz testificando que ele é o Unigênito do Pai —

Que por ele e por meio dele e dele os mundos são e foram criados; e seus habitantes são filhos e filhas gerados para Deus."

Esse é o conhecimento que sustém. É a verdade que consola. É a certeza que guia, das sombras da escuridão para a luz, aqueles que estão curvados pelo peso da dor. Isso está colocado à disposição de todos.

Quão frágil é a vida, quão certa é a morte. Não sabemos quando será exigido que deixemos esta existência mortal. Então pergunto: "O que estamos fazendo com o nosso hoje?" Se vivermos apenas para o amanhã, teremos hoje, muitos ontens vazios. Somos nós culpados por declarar: "Tenho pensado em fazer algumas mudanças de curso em minha vida. Planejo dar o primeiro passo — amanhã?" Com tal pensamento, o amanhã é eterno. Esses amanhãs dificilmente chegarão, a menos que façamos algo a respeito deles hoje. Como o conhecido hino ensina:

Há muita coisa no mundo para se fazer neste momento,
Muitas oportunidades bem à sua frente
Não as deixe passar dizendo: "Tentarei qualquer dia"
Mas vá e faça algo hoje.

Façamo-nos a seguinte pergunta: "Neste mundo, acaso, fiz hoje eu a alguém um favor ou bem? Ajudei alguém necessitado?" Que fórmula para a felicidade! Que receita para a satisfação, para a paz interior — inspirar gratidão em outro ser humano.

Nossas oportunidades de darmos de nós mesmos são, de fato, ilimitadas, mas elas se desvanecem. Há corações a alegrar. Palavras gentis a se proferir. Presentes a serem dados. Boas ações a serem feitas. Almas a serem salvas.

Ao nos lembrarmos de que "(. . .) quando estais a serviço de vosso próximo estais somente a serviço de vosso Deus", não nos veremos na posição do fantasma de Jacob Marley que falou a Ebenezer Scrooge no clássico imortal de Dickens,Conto de Natal. Marley falou com tristeza a respeito das oportunidades perdidas. Disse ele: "Ignorar que para toda alma cristã, por mais humilde que seja a sua trajetória, a vida é demasiadamente curta para todo o bem que poderia fazer. Desconhecer que uma eternidade de lágrimas não pode reparar uma vida de egoísmo! E foi o que fiz! Foi o que fiz!"

Marley acrescentou: "Por que vivi entre os meus irmãos com os olhos baixos, sem tentar erguê-los para o céu, à procura daquela estrela maravilhosa que conduziu os magos à cabana humilde onde nasceu Jesus? Não haveria outras choupanas humildes aonde sua luz pudesse também ter-meconduzido?"

Felizmente, como sabemos, Ebenezer Scrooge mudou sua vida para melhor. Adoro sua declaração: "Não sou mais o homem que era!"

Por que a históriaConto de Natalé tão popular? Por que é sempre atual? Sinto pessoalmente que ela é inspirada por Deus. Ela traz à tona o que há de melhor na natureza humana. Traz esperança. Motiva as pessoas para que mudem. Podemos-nos desviar dos caminhos que nos levam para o fundo e, com uma canção no coração, seguir uma estrela e caminhar rumo à luz. Podemos apressar nosso passo, reforçar nossa coragem e aquecer-nos ao sol da verdade. Podemos ouvir mais claramente o riso das criancinhas e secar a lágrima do que chora. Podemos consolar o moribundo compartilhando com ele a promessa da vida eterna. Se erguermos as mãos que pendem, se levarmos a paz a uma alma atormentada, se dermos de nós assim como fez o Mestre, poderemos — ao indicar o caminho — nos tornar uma estrela guia para o navegador perdido.

Por ser a vida frágil e a morte inevitável, precisamos tirar o máximo de cada dia.

Há muitas formas de fazer mau uso de nossas oportunidades. Há algum tempo li uma história enternecedora, escrita por Louise Dickinson Rich, que ilustra vividamente essa verdade. Ela escreveu:

"Minha avó tinha uma inimiga chamada sra. Wilcox. A vovó e a sra. Wilcox tornaram-se vizinhas, desde recém-casadas, na rua principal da cidadezinha em que passariam toda a vida. Não sei o que iniciou a guerra entre elas — e não acredito que quando nasci mais de trinta anos depois, elas mesmas se lembrassem do que a causara. Não era uma simples desavença; era guerra constante.

Nada na cidade escapou aos efeitos de sua luta. A igreja de 300 anos, que sobrevivera à Revolução Americana, à Guerra Civil e à Guerra Hispano-Americana quase veio abaixo quando vovó e a sra. Wilcox lutaram a Batalha da Sociedade de Auxílio das Senhoras. Vovó venceu essa luta, mas foi uma vitória sem valor real. A sra. Wilcox, como não pôde ser presidente, renunciou irritada. Que diversão havia em se estar a cargo de alguma coisa quando não se podia obrigar a inimiga a comer em sua mão? A sra. Wilcox venceu a Batalha da Biblioteca Pública, conseguindo que a sobrinha, Gertrude, fosse indicada como bibliotecária em lugar da tia Phyllis. O dia em que Gertrude assumiu seu posto, foi o último dia que a vovó leu um livro da biblioteca. Os livros haviam-se tornado 'um poço de germes imundos' da noite para o dia. A Batalha da Escola Secundária acabou empatada. O diretor da escola conseguiu um emprego melhor e partiu antes que a sra. Wilcox conseguisse que ele fosse demitido ou que a vovó conseguisse que o cargo dele se tornasse vitalício.

Quando éramos crianças e visitávamos a vovó, parte de nossa diversão era a de fazer caretas para os netos da sra. Wilcox. Em um dia inesquecível, colocamos uma cobra no barril que a sra Wilcox usava para armazenar a água da chuva. A vovó nos censurou, mas, na verdade, aprovou tacitamente o que fizéramos.

Não pensem que essa era uma campanha unilateral. A sra. Wilcox também tinha netos. Vovó também era alvo deles. Nunca houve um dia com vento em que ela lavasse roupas e em que o varal não arrebentasse misteriosamente, fazendo com que as roupas caíssem no chão.

Não sei como vovó teria suportado seus problemas por tanto tempo se não fosse pela página feminina do jornal diário de Boston. Essa seção, voltada às prendas domésticas era uma criação maravilhosa. Além das idéias de receitas e conselhos de limpeza, havia um departamento que tratava das cartas dos leitores. A idéia era a de que a mulher mandasse uma carta para o jornal caso tivesse um problema ou precisasse reclamar de algo — usando um nome fantasia como Medronheiro. Esse era o pseudônimo de minha avó. Então, algumas outras senhoras com o mesmo problema respondiam e lhe diziam o que haviam feito a respeito dele, assinando como Aquela Que Sabe, Xantipa ou algo parecido. Com freqüência, depois de resolvido o problema, as mulheres continuavam a escrever umas para as outras por intermédio da coluna do jornal, contando a respeito dos filhos, das conservas ou da nova sala de jantar. Isso foi o que aconteceu com a vovó. Ela e uma mulher chamada Gaivota corresponderam-se durante um quarto de século. Gaivota era a verdadeira amiga da vovó.

Quando eu estava com cerca de dezesseis anos de idade, a sra. Wilcox faleceu. Em uma cidade pequena, não importa o quanto você odeie sua vizinha do lado, é de praxe ir à casa da pessoa falecida e ver se os familiares precisam de ajuda. Vovó, bem arrumada e com um avental de percal para indicar que era sincero o seu desejo de ajudar no trabalho, atravessou o jardim até a casa dos Wilcox, onde as filhas da falecida pediram-lhe que limpasse a já imaculada sala de visitas para o velório. E, na mesa dessa sala, ocupando o lugar de honra, encontrava-se um enorme livro de recordações. No livro de recordações, coladas em ordem, em colunas paralelas, estavam todas as cartas enviadas pela vovó para a Gaivota durante todos aqueles anos e, também, as cartas da Gaivota para ela. Embora nenhuma das duas soubesse, a maior inimiga da vovó fora sua melhor amiga. Essa foi a única vez que me lembro de ter visto a vovó chorar. Na época não sabia exatamente porque ela estava chorando, mas agora eu sei. Ela chorou por todos os anos desperdiçados e que não poderiam jamais ser recuperados."

Meus irmãos e irmãs, que possamos, deste dia em diante fazer com que nosso coração esteja repleto de amor. Que possamos caminhar a segunda milha e incluir em nossa vida os solitários e deprimidos e os que sofrem por alguma razão. Que "[alegremos] alguém que se encontre triste e que possamos [fazer] alguém mais feliz".

Que vivamos de forma que, ao ouvirmos a convocação final, não tenhamos sérios arrependimentos nem algum negócio inacabado, mas que possamos dizer como o Apóstolo Paulo: "Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé"
Em nome de Jesus Cristo. Amém.

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Maravilhoso a mim é ter a oportunidade de ouvir um Verdadeiro Profeta do Senhor. Sou imensamente Grata ao Pai Celestial por tal Benção que Ele em concede. Trabalho para que eu possa colocar em prática na minha vida , essas palavras mandadas e ditas pelo Senhor. ( Pois qdo um Servo do Senhor fala, é como se Ele mesmo estivesse falando) Procurarei ser grata ao Pai Celestial, levando esse evangelho a mais pessoas. Sou Grata pelo Amor de Cristo, Sou Grata pela expiação de Cristo e por Ele me escolher para viver nos dias de hoje na plenitude de seu evangelho. Em nome de Jesus Cristo. Amém!

Com Amor
Andreza Lima


quarta-feira, 12 de agosto de 2009

O Desafio de Tornar-se

Élder Dallin H. Oaks
Do Quórum dos Doze Apóstolos

"Ao contrário das instituições do mundo, que nos ensinam a saber algo, o evangelho de Jesus Cristo desafia-nos a tornarmo-nos algo."

Paulo ensinou que os ensinamentos e mestres do Senhor foram concedidos para que chegássemos à "medida da estatura completa de Cristo". (Efésios 4:13) Esse processo exige muito mais do que a aquisição de conhecimento. Não basta sequer que sejamos convencidosconvertidos a ele. Ao contrário das instituições do mundo, que nos ensinam a saber algo, o evangelho de Jesus Cristo desafia-nos a tornarmo-nos algo. pelo evangelho, precisamos agir e pensar de modo a sermos

Em muitas passagens da Bíblia e das escrituras modernas, lemos sobre um julgamento final em que todas as pessoas serão recompensadas de acordo com seus atos, obras ou desejos do coração. Mas outras escrituras ampliam essa idéia e afirmam que seremos julgados pela condição que tivermos alcançado.

O profeta Néfi descreveu o juízo final com base no que nos tornamos: "E se suas obras tiverem sido imundas, eles serão imundos; e se forem imundos, não poderão habitar o reino de Deus". (1 Néfi 15:33; grifo do autor.) Morôni declarou: "Aquele que é imundo ainda será imundo; e aquele que é justo ainda será justo". (Mórmon 9:14; grifo do autor; ver também Apocalipse 22:11­12; 2 Néfi 9:16; D&C 88:35.) O mesmo se aplicaria a "egoísta" ou "desobediente" ou qualquer outra característica pessoal que não esteja em harmonia com as leis de Deus. Ao referir-se ao "estado" dos iníquos no juízo final, Alma explicou que se formos condenados por nossas palavras, obras e pensamentos, "não seremos considerados sem mancha ( . . . ) e nesse terrível estado não nos atreveremos a olhar para o nosso Deus". (Alma 12:14)

À luz desses ensinamentos, concluímos que o julgamento final não é apenas um balanço do total de atos bons e ruins, ou seja, do que fizemos. É a constatação do efeito final de nossos atos e pensamentos, ou seja, do que nos tornamos. Não basta fazer tudo mecanicamente. Os mandamentos, ordenanças e convênios do evangelho não são uma lista de depósitos que precisamos fazer numa conta bancária celestial. O evangelho de Jesus Cristo é um plano que nos mostra como podemos tornar-nos o que nosso Pai Celestial deseja que nos tornemos.

Uma parábola ilustra esse princípio. Um pai abastado sabia que, caso entregasse suas riquezas a um filho que ainda não tivesse desenvolvido a sabedoria e maturidade necessárias, era bem provável que a herança seria desperdiçada. Esse pai disse ao filho:

"Tudo o que possuo eu desejo dar-lhe -- e não só minha riqueza, mas também minha posição e reputação entre os homens. O que tenho posso facilmente conceder-lhe, mas o que sou você precisará adquirir por si mesmo. Você se tornará merecedor de sua herança aprendendo o que aprendi e vivendo como vivi. Vou ensinar-lhe as leis e princípios que me levaram a obter sabedoria e maturidade. Siga meu exemplo, aprenda o que aprendi e você se tornará o que sou e tudo o que possuo será seu."

Essa parábola assemelha-se ao padrão dos céus. O evangelho de Jesus Cristo promete a incomparável herança da vida eterna, a plenitude do Pai, e revela as leis e princípios pelos quais poderemos alcançá-la.

Tornamo-nos dignos da vida eterna por meio do processo da conversão. Conforme utilizada aqui, essa palavra de muitos sentidos significa não só um convencimento, mas uma profunda mudança de natureza. Jesus lançou mão dessa acepção quando ensinou a Seu apóstolo presidente a diferença entre o testemunho e a conversão. Jesus perguntou a Seus discípulos: "Quem dizem os homens ser o Filho do homem?" (Mateus 16:13) Em seguida, indagou: "E vós, quem dizeis que eu sou?

E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.

E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus". (Mateus 16:15­17)

Pedro tinha um testemunho. Ele sabia que Jesus era o Cristo, o Messias prometido, e declarou-o. Testificar é saber e declarar.

Posteriormente, Jesus ensinou a esses mesmos homens acerca da conversão, que é muito mais do que um testemunho. Quando os discípulos perguntaram quem era o maior no reino dos céus, "Jesus, chamando um menino, o pôs no meio deles,

E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus.

Portanto, aquele que se tornar humilde como este menino, esse é o maior no reino dos céus". (Mateus 18:2­4; grifo do autor)

Algum tempo depois, o Salvador confirmou a importância da conversão, mesmo para quem já possuía um testemunho da verdade. Nas sublimes instruções concedidas na última ceia, Ele disse a Simão Pedro: "Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos". (Lucas 22:32)

A fim de confirmar e fortalecer seus irmãos -- nutrir e conduzir o rebanho de Deus -- esse homem que seguira Jesus durante três anos, que recebera a autoridade do santo apostolado, que fora um professor e testificador destemido do evangelho de Cristo e cujo testemunho fizera com que o Mestre o chamasse de bem-aventurado, ainda precisava "converter-se".

O desafio lançado por Jesus mostra que a conversão que Ele exige dos que vão entrar no reino dos céus (ver Mateus 18:3) envolve muito mais do que simplesmente se converter a testificar da veracidade do evangelho. Testificar é saber e declarar. O evangelho desafia-nos a "convertermo-nos", o que exige que façamos e nos tornemos algo. Se algum de nós confiar somente no próprio conhecimento e testemunho do evangelho, estará na mesma posição que os Apóstolos a quem Jesus desafiou que fossem "convertidos". Todos conhecemos alguém que possui um forte testemunho, mas não o vive na prática a ponto de converter-se. Por exemplo, ex-missionários, vocês ainda estão empenhando-se para converterem-se ou estão deixando levar-se pelas coisas do mundo?

A conversão necessária ao evangelho inicia-se com a experiência introdutória que as escrituras chamam de "nascer de novo". (Ver Mosias 27:25; Alma 5:49; João 3:7; I Pedro 1:23.) Ao entrarmos nas águas do batismo e recebermos o dom do Espírito Santo, tornamo-nos "filhos e filhas" espirituais de Jesus Cristo, "novas criaturas" que podem "herdar o reino de Deus". (Mosias 27:25­26)

Ao ensinar os nefitas, o Salvador referiu-Se ao que eles deveriam tornar-se. Desafiou-os a arrependerem-se e serem batizados e santificados pelo recebimento do Espírito Santo, "para [comparecerem] sem mancha perante [Ele] no último dia". (3 Néfi 27:20) E concluiu: "Portanto, que tipo de homens devereis ser? Em verdade vos digo que devereis ser como eu sou". (3 Néfi 27:27)

O evangelho de Jesus Cristo é o plano pelo qual podemos tornar-nos o que os filhos de Deus devem tornar-se. Esse estado imaculado e perfeito virá como conseqüência de uma sucessão constante de convênios, ordenanças e obras, um acúmulo de escolhas corretas e o arrependimento contínuo. "Esta vida é o tempo para os homens prepararem-se para encontrar Deus." (Alma 34:32)

Agora é o momento para cada um de nós empenhar-se para alcançar a conversão pessoal, para que nos tornemos o que nosso Pai Celestial deseja que nos tornemos. Ao procedermos assim, devemos recordar que é em nossos relacionamentos familiares, ainda mais que em nossos chamados na Igreja, que ocorrerá a parte mais importante desse desenvolvimento. A conversão que precisamos alcançar exige que sejamos um bom marido e pai ou uma boa esposa e mãe. Não basta ser um líder bem-sucedido na Igreja. A exaltação é uma experiência familiar eterna e são nossas experiências familiares mortais que melhor nos prepararão para isso.

O Apóstolo João fez menção ao que somos desafiados a tornar-nos quando declarou: "Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos". (I João 3:2; ver também Morôni 7:48.)

Espero que a importância de os membros converterem-se e tornarem-se algo faça com que os líderes locais reduzam sua preocupação com ações baseadas em meras estatísticas e dêem mais atenção ao que nossos irmãos e irmãs são e o que estão empenhados em tornarem-se.

As tão necessárias conversões costumam alcançar-se com mais rapidez por meio do sofrimento e da adversidade do que pelo conforto e a tranqüilidade. Leí prometeu a seu filho Jacó que Deus "[consagraria suas] aflições para [seu] benefício". (2 Néfi 2:2) O Profeta Joseph recebeu a seguinte promessa: "Tua adversidade e tuas aflições não durarão mais que um momento; e então, se as suportares bem, Deus te exaltará no alto". (D&C 121:7­8)

A maioria de nós passa, em maior ou menor grau, pelo que as escrituras chamam de "fornalha da aflição". (Isaías 48:10; 1 Néfi 20:10) Alguns se dedicam integralmente aos cuidados de um familiar com problemas sérios de saúde. Outros enfrentam a morte de um ente querido ou a perda ou adiamento de uma meta digna como o casamento ou a chegada de filhos. Há ainda quem precise lidar com deficiências pessoais ou sentimentos de rejeição, inadequação ou depressão. Por meio da justiça e misericórdia do amoroso Pai Celestial, o refinamento e a santificação possíveis por meio de tais experiências podem ajudar-nos a ser o que Deus deseja que nos tornemos.

Temos o desafio de passar por um processo de conversão até chegarmos à situação e condição chamada de vida eterna. Consegue-se isso não só fazendo o que é certo, mas fazendo-o pelo motivo correto -- o puro amor de Cristo. O Apóstolo Paulo deu um exemplo disso em seu famoso ensinamento sobre a importância da "caridade". (Ver I Coríntios 13.) O motivo pelo qual a caridade nunca falha e pelo qual ela é maior do que até mesmo os maiores atos de bondade citados por ele é que a caridade, "o puro amor de Cristo" (Morôni 7:47), não é um ato, mas uma condição ou estado. Alcança-se a caridade por meio de uma sucessão de atos que resultam na conversão. Precisamos tornar-nos caridosos. Assim, Morôni afirmou: "A não ser que os homens tenham caridade, não poderão herdar" o lugar preparado para eles nas mansões do Pai. (Éter 12:34; grifo do autor)

Tudo isso nos ajuda a compreender um importante significado da parábola dos trabalhadores da vinha, contada pelo Salvador para explicar a respeito do reino dos céus. Como vocês devem estar lembrados, o proprietário da vinha contratou trabalhadores em momentos diferentes do dia. Mandou alguns à vinha de manhã bem cedo, outros na hora terceira e outros na hora sexta e nona. Por fim, na undécima hora, enviou outros à vinha, prometendo que também lhes pagaria "o que [fosse] justo". (Mateus 20:7)

Ao fim do dia, o dono da vinha deu o mesmo salário a todos os trabalhadores, mesmo àqueles que começaram na undécima hora. Quando os que haviam trabalhado o dia inteiro viram isso, "[murmuraram] contra o pai de família". (Mateus 20:11) Ele não cedeu, mas simplesmente ressaltou que não lesara ninguém, pois pagara a cada homem a quantia estipulada inicialmente.

Assim como as demais, essa parábola pode ensinar vários princípios diferentes e valiosos. Delimitando para nossos objetivos de hoje, a lição que podemos tirar é que a recompensa do Mestre no Juízo Final não estará condicionada à quantidade de tempo que tivermos passado na vinha. Não alcançaremos nossa recompensa eterna com base num cartão de ponto espiritual. O que é essencial é que nosso trabalho na vinha do Senhor tenha feito com que nos tornemos algo. Para alguns de nós, isso demanda mais tempo do que para outros. O que importará no final é o que nos tivermos tornado devido a nosso empenho. Muitos dos que vêm na undécima hora foram refinados e preparados pelo Senhor de outras formas que não o trabalho formal na vinha. Esses trabalhadores são como o pó de bolo em que basta "acrescentar água" -- no caso, a ordenança aperfeiçoadora do batismo e o dom do Espírito Santo. Com esse acréscimo, mesmo na undécima hora, essas pessoas estarão no mesmo estado de desenvolvimento e dignos de receber o mesmo galardão de quem trabalhou mais tempo na vinha.

Essa parábola ensina-nos que devemos sempre ter esperança e manter relacionamentos de amor com os familiares e amigos cujas excelentes qualidades (ver Morôni 7:5­14) evidenciem seu progresso rumo ao que o Pai amoroso deseja que eles se tornem. Da mesma forma, o poder da Expiação e o princípio do arrependimento mostram que nunca devemos perder as esperanças pelas pessoas amadas que parecem no momento estar fazendo muitas escolhas erradas.

Em vez de julgarmos os outros, devemos preocupar-nos com nós mesmos. Não devemos perder as esperanças. Não devemos deixar de empenhar-nos. Somos filhos de Deus e é possível que nos tornemos o que nosso Pai Celestial deseja que nos tornemos.

Como podemos medir nosso progresso? As escrituras sugerem várias maneiras. Vou mencionar apenas duas.

Depois do grandioso discurso do rei Benjamim, muitos dos ouvintes clamaram: "o Espírito do Senhor ( . . . ) efetuou em nós, ou melhor, em nosso coração, uma vigorosa mudança, de modo que não temos mais disposição para praticar o mal, mas, sim, de fazer o bem continuamente". (Mosias 5:2) Se estivermos perdendo o desejo de praticar o mal, estamos avançando rumo à nossa meta celestial.

O Apóstolo Paulo afirmou que as pessoas que receberam o Espírito de Deus "[têm] a mente de Cristo". (I Coríntios 2:16) A meu ver, isso quer dizer que as pessoas que estão progredindo rumo à conversão necessária estão começando a ver as coisas como nosso Pai Celestial e Seu Filho Jesus Cristo, as vêem. Estão ouvindo a voz Dele em vez da voz do mundo e fazendo as coisas à maneira Dele, em vez da do mundo.

Presto testemunho de Jesus Cristo, nosso Salvador e Redentor, a quem pertence esta Igreja. Testifico com gratidão do Plano do Pai por meio do qual, pela Ressurreição e Expiação de nosso Salvador, temos a certeza da imortalidade e da oportunidade de tornarmo-nos o que for necessário para a vida eterna. Em nome de Jesus Cristo. Amém.



terça-feira, 11 de agosto de 2009

As Virtudes das Íntegras Filhas de Deus


PRESIDENTE JAMES E. FAUST
Segundo Conselheiro na Primeira Presidência

Incentivo-as a fortalecerem as virtudes que já adquiriram e a se decidirem a desenvolver muitas outras

Minhas queridas jovens irmãs, sinto-me fascinado por estar em sua presença devido ao seu imenso potencial para o bem. Vocês são parte indispensável do que a Igreja e o mundo serão, da mesma forma que sua mãe, tias e avós o foram no passado. Vocês podem desfrutar de uma felicidade que vai muito além de seus mais caros sonhos e expectativas.

Sentimo-nos especialmente honrados esta noite pela presença do Presidente Gordon B. Hinckley, do Presidente Thomas S. Monson e de outras Autoridades Gerais aqui conosco. Parabenizo a irmã Tanner, a irmã Beck e a irmã Dalton por suas excelentes mensagens a respeito de sermos firmes em Cristo. A música do coro das jovens é também admirável.

A Primeira Presidência enviou uma carta datada de 19 de março de 2003, para os líderes do sacerdócio incentivando-os a ajudarem as Moças em sua desafiadora transição para a vida adulta. Isso é muito importante. A carta enfatiza que, enquanto os pais têm a responsabilidade básica, os bispados, as líderes da Organização das Moças e da Sociedade de Socorro devem trabalhar juntas para fortalecer nossas jovens nessa transição.

Minhas queridas jovens irmãs, ao viajar para várias partes do mundo no cumprimento de designações da Igreja, tenho conhecido algumas de vocês, jovens maravilhosas, e tenhome sentido impressionado com sua firmeza. Posso dizer sem hesitação que vocês terão “um perfeito esplendor de esperança” em seu futuro e alegria sem fim se “[prosseguirem]”1 como filhas íntegras de Deus. Vocês são jovens virtuosas e de grande promessa. Incentivo-as a fortalecerem as virtudes que já adquiriram e a se decidirem a desenvolver muitas outras.

Esta noite gostaria de falar a respeito de algumas dessas virtudes. Muitas pessoas não entendem plenamente o significado da virtude. Um significado que é normalmente entendido é o de a pessoa ser casta ou moralmente limpa, mas a virtude, em seu sentido pleno, abrange todas as características da retidão que nos ajudam a formarmos nosso caráter. Em um antigo bordado, de 1813, que se encontra em um museu em Terra Nova, acha-se a seguinte inscrição:
“A virtude é a maior beleza da mente, o ornamento de maior grandeza da humanidade. A virtude é nosso salvoconduto e nossa estrela-guia, que desperta a razão quando nossos sentidos se enganam”.

Quero sugerir dez virtudes que cada uma de vocês pode ir ao encalço em sua busca da excelência e da felicidade:

1. Fé

Incluo a virtude da fé em primeiro lugar na lista porque ela é a mais importante. O Profeta Joseph Smith ensinou que a fé no Senhor Jesus Cristo é o “alicerce de toda a retidão”.2 Prometo-lhes, doces jovens, que ao se esforçarem por viver os mandamentos, sua fé continuará a crescer. Quando exercitamos a fé, tornamo-nos alegres e otimistas, caridosos e corajosos, porque a fé é o agente que impulsiona todas essas virtudes.

2. Honestidade

Uma jovem da seleção de voleibol de uma universidade conta da época em que ela e sua amiga Muki participavam de um jogo num campeonato: “Lembro-me que o placar estava apertado, (...) Gracie [do time adversário] aproximou-se da linha de saque, saltou e deu um tapa na bola com toda a força de que era capaz. (...) Os fiscais de linha sinalizaram bola fora e o primeiro árbitro levantou a mão para indicar ponto [para a nossa equipe]. Começamos a comemorar quando percebemos que Muki estava sinalizando com a mão para o árbitro que ela tocara na bola ao saltar para o bloqueio. Muki estava acusando seu próprio toque. Os fiscais de linha (...) estavam (...) sinalizando bola fora [indicando] que ninguém tocara na bola.

A silenciosa e introvertida Muki mostrara um ato de integridade e honestidade que eu nunca vira antes. Gracie Shute ficou tão impressionada que conversou com Muki após a partida. (...) Muki posteriormente deulhe uma cópia do Livro de Mórmon. Não sei se Gracie leu o livro. (...), mas sei que Gracie se sentiu tocada pelo exemplo de Muki, da mesma forma que todos nós.”3

Não se pode ser honesto com outros a menos que seja honesto consigo próprio.

3. Castidade

Em “A Família — Proclamação ao Mundo”, lemos: “(...) Os poderes sagrados de procriação [devem ser] empregados somente entre homem e mulher, legalmente casados”.4 Além do mais, o Senhor diz no Livro de Mórmon: “(...) Eu, o Senhor Deus, deleito-me na castidade das mulheres”. 5 As pessoas que se envolvem em intimidades físicas com alguém fora do matrimônio provavelmente terão sentimentos de culpa bem como profundo sofrimento emocional e físico. Relações íntimas entre homens e mulheres fora dos laços que o Senhor estabeleceu, trazem muita desgraça, vergonha, degradação e infelicidade aos envolvidos.

Em contraste, quando esses dons sagrados são exercidos da maneira como o Senhor planejou, dentro dos laços de um casamento no templo, eles nos proporcionam nossa maior alegria e felicidade. Tornamo-nos cocriadores com Deus para termos uma família e posteridade. A castidade antes do matrimônio seguida por fidelidade após o casamento é um passaporte sagrado ao auto-respeito e felicidade para todos. O Presidente N. Eldon Tanner deu um bom conselho que eu gostaria de repetir: ”Lembre-se sempre que você pode progredir muito mais no que se refere ao respeito do que à popularidade”.6 Indico a vocês o excelente conselho dado a respeito da pureza sexual contido no livreto Para o Vigor da Juventude.

4. Humildade

A humildade tem tudo a ver com manter o equilíbrio. Por exemplo, quando vocês receberem um elogio, recebam-no gentilmente, não deixem que lhes suba à cabeça. Vocês, jovens já aprenderam muito, mas têm ainda mais para aprender. A pessoa que é humilde está aberta ao que lhe for ensinado. De fato, o Senhor prometeu: “Pois meu Espírito é enviado ao mundo a fim de iluminar os humildes e contritos (...)”.7 Um de meus provérbios favoritos é o seguinte: “Aprenda a dizer: ‘Não sei’. Se usar essa expressão quando adequada, irá usá-la com freqüência”.8

5. Autodisciplina

Vocês precisam ter a força para controlar-se para que consigam atingir suas metas e acentuar seus pontos fortes naturais. Hábitos que levam à autodisciplina adquiridos enquanto são jovens, tornar-se-ão parte do que constitui seu caráter para o resto da vida. O caráter formado dessa maneira surgirá com vocês na Ressurreição.9

O princípio do trabalho é parte da autodisciplina. Bem, minhas queridas jovens irmãs, já vivi muitos e muitos anos mais do que vocês, mas até na época do meu avô, havia uma coisa que faria vocês quererem deitar e dormir — eles a chamavam de trabalho.

6. Justiça

Precisamos ser justos e solidários em nossos negócios com outros seres humanos. O Salvador deu-nos a parábola do servo injusto que devia uma grande quantia em dinheiro. Seu senhor perdoou-lhe a dívida, mas esse mesmo servo encerrou outro servo na prisão por uma dívida muito menor. Seu senhor repreendeu-o por não demonstrar a mesma compaixão que recebera e então enviou-o ao mesmo destino do outro.10

Se forem justas com outras pessoas, elas muito provavelmente serão justas com vocês. Conta-se a história de uma professora da Escola Dominical que estava ensinando esse princípio. Ela disse à sua classe: “Lembrem-se, estamos aqui para ajudar os outros”. Uma garota da classe replicou: “Então para que os outros estão aqui?”

7. Moderação

Parte do espírito da Palavra de Sabedoria é a moderação em todas as coisas, exceto as coisas especificamente proibidas pelo Senhor. É conveniente evitar-se extremos na forma de se vestir, de se pentear, de usar maquiagem, de comportarse, de falar e no tipo de música que se ouve. Os extremos podem atrair a atenção de alguns, mas é muito provável que afastem aqueles a quem vocês querem realmente impressionar.

Quando eu era jovem, meus amigos e eu fomos a um parque de diversões, e entramos numa atração chamada Disco Voador. Seu formato era parecido com o de um prato virado para baixo e que rodava e rodava. A maior parte de nós tentou ficar no centro para não sermos atirados para fora pela força centrífuga enquanto o disco ganhava velocidade. Algumas vezes, quem ficava na beirada agarrava um amigo que estava mais próximo ao centro, mas isso puxava os dois completamente para fora do disco. Logo descobri que a força centrífuga tinha menos potência no meio. Eu ficava bem protegido no centro muito embora o disco continuasse a rodopiar. Mas era arriscado quando alguém na parte externa do disco se agarrava em mim. Aprendi que a melhor proteção era ficar próximo ao centro.

8. Limpeza

Anos atrás, o Presidente Howard W. Hunter, a irmã Faust e eu nos encontramos com alguns alunos da BYU na época em que o programa de estudos em Jerusalém estava alojado em um kibbutz, um alojamento israelita. Na porta de dois dos alunos havia um aviso onde se lia: “Se a limpeza está ao lado da divindade, benvindos ao purgatório!”

O Presidente Hinckley deu um conselho excelente quando disse: “Sejam puros no modo de vestir e no comportamento. (...) A época em que estamos vivendo agora é uma época em que trajes e maneiras descuidadas se tornaram moda. Contudo, não estou muito preocupado com o modo com que se vestem, contanto que estejam limpos. (...) Cuidem de sua higiene pessoal”.11 Lembrem-se de que você e a Igreja serão julgados em parte por sua pureza e asseio.

9. Coragem

Vocês, moças de grande valor precisarão muita coragem — coragem para resistir à pressão de grupo, não sucumbir à tentação, suportar a zombaria e o ostracismo, defender a verdade. Vocês também precisarão de coragem para enfrentar os desafios da vida. Uma jovem, que era maratonista, escreveu: “Sinto-me sempre tentada a parar e desistir durante uma corrida. Em minha primeira corrida este ano, quando eu estava quase sendo subjugada e quase parando de correr, as palavras da terceira estrofe de ‘Que Firme Alicerce’ ocupou meu pensamento. A letra deu-me coragem para terminar a corrida”.12

Se Deus é convosco, a quem temereis? Ele é vosso Deus, seu auxílio tereis.

Se o mundo vos tenta, se o mal faz tremer, Com mão poderosa vos há de suster.13

10. Graça

É-nos dito em Doutrina e Convênios que é preciso que “[cresçamos] em graça”.14 A graça é uma virtude dada por Deus. É a disposição de ser gentil e fazer o bem. É uma característica ou talento encantador; “um aspecto agradavelmente gracioso”.15 O charme é o encanto que vem de um sentimento de dignidade pessoal; uma beleza interior que vem da auto-estima. Alguém disse que a expressão de nosso rosto é mais importante do que as roupas que vestimos. Um excelente rapaz solteiro que conheço preparou uma lista de qualidades que procura em sua futura esposa. O entusiasmo encontra-se no alto da lista.

Com freqüência vemos que a influência de boas mulheres é subestimada. É uma influência muitas vezes sutil, ainda assim, de extraordinárias conseqüências. Uma mulher pode fazer a diferença em toda uma nação. Menciono aqui dois exemplos das escrituras, uma para o mal e uma para o bem.

No livro de Éter, a linda filha de Jarede, com uma dança insinuante, seduziu Aquis para que se casasse com ela. Para ter sua mão em casamento Aquis deveria assassinar o avô dela, o rei Ômer, para que o pai se tornasse rei. Devido à sua insistência, Aquis formou combinações secretas onde seus integrantes fizeram juramentos que causaram a destruição da nação jaredita.16

Por outro lado, Ester, uma judia no Velho Testamento, salvou seu povo. Quando os judeus estavam no cativeiro, Ester casou-se com o rei Assuero. O rei assinou um decreto de que todos os judeus deveriam ser executados. O primo de Ester, Mardoqueu, insistiu com ela para que intercedesse junto ao rei em prol de seu povo, dizendo a ela: “(...) Quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino”.17 Ester, correndo risco de perder a vida, implorou ao rei que poupasse seu povo. O rei escutou sua súplica e eles foram salvos. Uma mulher pode fazer uma grande diferença, até mesmo para uma nação.

Esta é uma época desafiadora. Acredito que o espírito de vocês foi reservado para estes últimos dias; que vocês, como Ester vieram para a Terra “para tal tempo como este”. Pode ser que suas realizações eternas mais significativas sejam a influência justa que exercem sobre outras pessoas; que sua divina beleza feminina interior e intuição encontre expressão em sua força serena, bondade, dignidade, charme, graça, criatividade, sensibilidade, felicidade e espiritualidade. Realce esses sublimes dons femininos. Eles as tornarão encantadoras e irresistíveis ao servirem outros como servas de Deus. Testifico que se praticarem essas virtudes poderão “prosseguir com firmeza em Cristo, tendo um perfeito esplendor de esperança e amor a Deus e a todos os homens”.18

Em nome de Jesus Cristo. Amém.Adicionar imagem



Não Deixe para amanhã, o que pode fazer hoje.


Élder Claudio R. M. Costa
Da Presidência dos Setenta -
A Liahona, Novembro de 2007 -

Este é o tempo de cumprir nosso divino encargo concernente à família.


Em 23 de setembro de 1995, a Primeira Presidência e o Quórum dos Doze Apóstolos entregaram à Igreja e ao mundo o documento intitulado: “A Família — Proclamação ao Mundo”. Cito o parágrafo onde se lê: “O marido e a mulher têm a solene responsabilidade de amar-se mutuamente e amar os filhos, e de cuidar um do outro e dos filhos”.1 Vivemos dias em que esse conselho é muito importante, pois muitos pais alegam não ter tempo para sua família. A correria da vida moderna e o excesso de trabalho estão tirando a atenção dos pais daquilo que é mais importante: dedicar tempo e dar de si mesmos para a família!

O Senhor nos ensinou que todo homem deve manter sua família,2 mas isso não quer dizer somente abastecer a casa com alimentos e outros gêneros necessários ou desejados. Devemos também ter tempo para prover a família com ensinamentos. O que devemos ensinar?

O Senhor nos ensinou que os pais têm a obrigação de ensinar o evangelho aos filhos.3 O profeta Leí compreendia bem sua responsabilidade de ensinar seus filhos, pois Néfi declarou ter sido ensinado “em todo o conhecimento de [seu] pai”.4

O Senhor nos ensinou a cuidar de nossa família, quando nos disse, por meio de Seus profetas, na proclamação ao mundo: “Os pais têm o sagrado dever de criar os filhos com amor e retidão, atender a suas necessidades físicas e espirituais, ensiná-los a amar e servir uns aos outros, guardar os mandamentos de Deus e ser cidadãos cumpridores da lei, onde quer que morem”.5

Sabemos que Deus nos ensina há séculos a cuidar de nossa família e a protegê-la; também sabemos e podemos ver que a família está sob o ataque do adversário. Portanto, este é o tempo de usar todo esse ensinamento. Este é o tempo de cumprir nosso divino encargo concernente à família.

O Presidente James E. Faust nos ensinou três coisas que podemos fazer para proteger e fortalecer nossa família:

1. Oração Familiar. Os pais devem ensinar os filhos que eles são filhos de Deus e, portanto, precisam orar a Ele diariamente.
2. Reunião Familiar. Como nos ensinou o Presidente Faust, a noite familiar é para todos nós, não importando em que fase da vida nos achemos. Devemos deixar as segundas-feiras livres de qualquer atividade que possa impedir-nos de realizar a reunião familiar.
3. Estudo Pessoal e Familiar das Escrituras. Precisamos ajudar nossos filhos, fortalecendo sua fé e compreensão por meio desse princípio básico.6

Seguindo esses conselhos sábios do Presidente Faust, protegeremos os membros da família contra os ataques do inimigo e fortaleceremos a fé e o testemunho deles no Salvador Jesus Cristo.

A proclamação sobre a família nos ensina também que: “Segundo o modelo divino, o pai deve presidir a família com amor e retidão, tendo a responsabilidade de atender às necessidades de seus familiares e de protegê-los. A responsabilidade primordial da mãe é cuidar dos filhos. Nessas atribuições sagradas, o pai e a mãe têm a obrigação de ajudar-se mutuamente, como parceiros iguais”.7

É no lar que a família aprende os princípios do evangelho e os aplica. É necessário ter grande amor pela família para poder ensinar e guiar seus membros. Um pai e uma mãe amorosos ensinarão os filhos a adorarem a Deus no lar. Quando o espírito de adoração permeia o lar, o espírito se expande para a vida de cada membro da família. Isso vai prepará-los para fazer qualquer sacrifício necessário para voltar à presença de Deus e permanecer unidos para toda a eternidade.

A proclamação sobre a família nos ajuda a compreender melhor o amor que nos ensinou o Salvador, quando Ele disse que deveríamos “[amar] uns aos outros”.8 Ele deu o exemplo supremo de amor, ao declarar: “Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos”.9 Ele expiou os nossos pecados e deu Sua vida por todos nós.

Podemos dar a vida por nossos entes queridos, não morrendo fisicamente por eles, mas, sim vivendo por eles: oferecendo nosso tempo, estando sempre presentes em sua vida, servindo a todos, sendo gentis e carinhosos e demonstrando verdadeiro amor pelos membros de nossa família e por todos os homens, como nos ensinou o Salvador.

Não sabemos o que poderá nos acontecer amanhã e, por isso, hoje é o tempo que temos para começar a demonstrar amor, com pequenos atos, como: abraçar, dizer que amamos nosso cônjuge, nossos filhos e outros ao nosso redor.

Recentemente li um texto na Internet que expressa a urgência de não deixar para amanhã o que podemos fazer hoje. Em julho deste ano, o Brasil acompanhou o maior acidente aéreo de sua história. Cento e noventa e nove pessoas morreram, incluindo passageiros, trabalhadores, tripulação e outros que se encontravam no local. O texto que menciono agora foi colocado no mural da companhia aérea pelo esposo de uma das comissárias que morreram no acidente. Chama-se: “Se o Amanhã Nunca Vier” e se baseia em um poema de Norma Cornett Marek.

Se eu soubesse que essa seria a última vez que eu veria você dormir,
Eu aconchegaria você mais apertado, e rogaria ao Senhor que protegesse você.
Se eu soubesse que essa seria a última vez que veria você sair pela porta,
Eu abraçaria, beijaria você, e a chamaria de volta, para abraçar e beijar uma vez mais.
Se eu soubesse que essa seria a última vez que ouviria a sua voz em oração,
Eu filmaria cada gesto, cada olhar, cada sorriso, cada palavra sua,
Para que eu pudesse ver e ouvir de novo, dia após dia.
Se eu soubesse que essa seria a última vez,
Eu gastaria um minuto extra ou dois, para parar e dizer: “Eu te amo”
Em vez de assumir que você já sabe disso.
Se eu soubesse que essa seria a última vez, nosso último momento,
Eu estaria ao seu lado, partilhando do seu dia, junto de você, em vez de pensar:
“Tenho certeza de que outras oportunidades virão; posso deixar passar esse dia”.
É claro que haverá um amanhã para se fazer uma revisão,
E teríamos uma segunda chance para fazer as coisas da maneira correta.
Ah, é claro que haverá outro dia para dizermos: “Eu te amo”.
E, por certo, nova chance de dizer um para o outro: “Posso te ajudar em alguma coisa?”
Mas, no meu caso, não há!
Não tenho mais você aqui, e hoje é o nosso último dia — nossa despedida.
Então, eu gostaria de dizer o quanto eu amo você.
E espero que nunca se esqueça disso.
O dia de amanhã não está prometido para ninguém, jovem ou velho;
E hoje pode ser sua última chance de apertar a mão da pessoa que você ama e demonstrar tudo o que sente.
Se você está esperando pelo amanhã, por que não fazer hoje?
Pois, se o amanhã nunca vier, você, com certeza, se arrependerá pelo resto da vida
Por não ter gasto aquele tempo extra num sorriso, numa conversa, num abraço, num beijo,
Porque estava ocupado demais para dar àquela pessoa o que acabou sendo o seu último desejo.
Então, abrace bem forte seu amado ou sua amada, seus amigos, sua família, hoje,
E sussurre no seu ouvido o quanto os ama e o quanto os quer junto de você.
Gaste tempo para dizer:
“Me desculpe”,
“Por favor”,
“Me perdoe”,
“Obrigado”,
Ou ainda:
“Não foi nada”,
“Está tudo bem”,
Porque, se o amanhã nunca vier, você não terá de se arrepender pelo dia de hoje.
Pois o passado não volta, e o futuro talvez não chegue!10









































Que demonstremos hoje amor ao nosso cônjuge e filhos, e aos nossos irmãos e irmãs. Sei que Deus vive, que Jesus é o Cristo, nosso Salvador e Redentor. Sei que Joseph Smith é um profeta de Deus e que Gordon B. Hinckley é o profeta de Deus vivo na Terra. Em nome de Jesus Cristo. Amém.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

* NOS BRAÇOS DE SEU AMOR *

Presidente Gordon B. Hinckley
Esta é a melhor organização de mulheres no mundo todo. Foi criada por instrução Divina.


Queridas irmãs, para mim é uma oportunidade notável falar a vocês nesta grande conferência da Sociedade de Socorro. Hoje ouvimos discursos maravilhosos feitos por mulheres de grande fé e habilidade. Quero que as irmãs da presidência da Sociedade de Socorro saibam que temos total confiança nelas. Nós as temos em alto conceito. Somos gratos pelo tema que escolheram, tirado do Livro de Mórmon, de 2 Néfi: “Eternamente Envolvidas pelos Braços de Seu Amor” (ver 2 Néfi 1:15). As mulheres da Sociedade de Socorro estão literalmente envolvidas eternamente pelos braços de nosso Senhor.

Em minha opinião, esta é a melhor organização de mulheres no mundo todo. Foi criada por instrução Divina. Joseph Smith falou e agiu como profeta ao organizar a Sociedade de Socorro em 1842. Nessa época ele disse: “A organização da Igreja de Cristo só ficou perfeita quando as mulheres se organizaram” (Sarah M. Kimball, “Early Relief Society Reminiscences”, 17 de março de 1882, Registros da Sociedade de Socorro, 1880, p. 92, Arquivos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, p. 30).

Hoje, o número de irmãs da Sociedade de Socorro chega a aproximadamente cinco milhões. Ela está organizada em muitas nações e ensina em muitos idiomas. Dela fazem parte todas as mulheres da Igreja de 18 anos ou mais. Entre elas há jovens solteiras, mulheres que nunca se casaram; viúvas e divorciadas, mulheres que têm marido e família, e mulheres idosas, dentre as quais muitas perderam o companheiro eterno.

Um amigo, que não é de nossa fé, certa vez me disse: “Dizem que SUD quer dizer serviço, união e devoção”. Mas o que quer dizer Sociedade de Socorro? O que significa? Vou tentar falar um pouco disso.

Sociedade de Socorro quer dizer amor. É admirável observar o amor que as bondosas mulheres têm umas pelas outras. Elas se unem em laços de amor, amizade e respeito mútuos. Essa organização, na verdade, é o único recurso de que muitas mulheres dispõem para fazer amigas.

As mulheres têm o instinto natural de estender a mão com amor aos aflitos e necessitados. O programa de bem-estar da Igreja é fundamentado no sacerdócio, mas não funcionaria sem a Sociedade de Socorro.

A Sociedade de Socorro apóia a educação. Toda mulher da Igreja tem a obrigação de estudar o máximo que puder. Com os estudos sua vida ficará melhor e elas terão mais oportunidades. Elas passarão a ter habilidades valorizadas no mercado de trabalho, caso necessitem.

Recebi, na semana passada, uma carta de uma mãe que cria os filhos sozinha e gostaria de ler um trecho para vocês. Ela diz o seguinte:

“Faz 10 anos que o senhor citou nossa família na conferência de outubro de 1996. (…) Os conselhos e o incentivo que o senhor deu a mim e a outras mulheres sozinhas serviram de padrão para minha vida diária. A frase que se transformou em meu lema e emblema é: ‘Dê o melhor de si’ e, na verdade, é isso que meus filhos e eu estamos tentando fazer.

Meus quatro filhos homens formaram-se no curso médio e no Seminário. Dois deles serviram como missionários de tempo integral. Todos nós trabalhamos para nos sustentar e continuamos leais e fiéis ao evangelho. É maravilhosa a sensação de saber que conseguimos sustentar-nos sozinhos durante os últimos anos. (…) De certa forma, sentimo-nos realizados quando voltamos a ser independentes e sustentamos a própria família. (…)

Também fiquei animada ao voltar para a faculdade. É muito difícil trabalhar em tempo integral e estudar à noite. Com isso, minha visão de vida se ampliou e passei a ser uma pessoa melhor. Minha família, os membros da ala e os colegas de trabalho me dão muito apoio, e minha formatura será em dezembro.

Depois de ponderar, jejuar e orar a respeito de minha bênção patriarcal, consegui traçar algumas metas realistas para a vida, e usei-as como um mapa rodoviário, para manter-me no rumo certo e seguir os princípios do evangelho. Vou às reuniões, oro todos os dias e pago o dízimo. (…) Levo muito a sério o meu chamado de professora visitante. (…)

A Igreja é verdadeira e é uma honra e um privilégio ser considerada digna e ter a bênção de ser membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Somos guiados pela inspiração de um Pai Celestial que nos ama, nos conhece e quer que tenhamos progresso e crescimento. Agradeço por suas palavras bondosas de incentivo, ditas há 10 anos, e pelas muitas e incessantes palavras inspiradas que vêm diretamente do Senhor por meio de Seus Servos. Sei que sou filha de Deus e, em minha vida, ser membro da Igreja do Senhor é uma bênção.“

A Sociedade de Socorro apóia a auto-suficiência. O melhor armazenamento de alimentos não está nos depósitos do Bem-Estar, mas em latas e vidros, nas casas de nosso povo. Como é bom ver latas de trigo, arroz e feijão guardadas debaixo da cama e nas despensas de mulheres que tomaram nas mãos a responsabilidade pelo bem-estar. Essa comida pode até não ser gostosa, mas será nutritiva, se for necessário usá-la.

A Sociedade de Socorro é sinônimo de sacrifício. Sempre fico comovido com um singelo poema que Anne Campbell fez para o filho. Ela diz:

És a terra distante que não visitei
E as pérolas que nunca comprei;
És o lago azul da cor do mar
E a paz do céu longe do lar.
(“To my Child”, citado por Charles L. Wallis (org.) em The Treasure Chest, 1965, p. 54.)







Muitas de vocês são mães. Vocês têm a responsabilidade de cuidar de seus filhos e educá-los. Quando ficarem mais velhas, e seus cabelos pratearem, a pergunta que farão a si mesmas não será como eram as roupas finas que um dia usaram, os carros que dirigiram ou a casa enorme em que moraram. Sua pergunta abrasadora será: “Como meus filhos se saíram?”

Se eles tiverem-se saído bem, vocês se sentirão gratas; se não, não haverá muito consolo para vocês.

Certa vez escrevi: “Que Deus as abençoe, mães! Quando todas as vitórias e derrotas dos homens forem postas na balança, quando a poeira das batalhas da vida se assentar, quando tudo pelo que lutamos tanto neste mundo de conquistas se desfizer diante de nossos olhos, vocês permanecerão, precisam permanecer, como a força para a nova geração, o movimento contínuo de progresso da humanidade” (One Bright, Shining Hope, [2006], p. 18).

Há alguns anos, no Tabernáculo de Salt Lake, o Élder Marion D. Hanks mediou um painel de debates. Participava do painel uma jovem hábil e de boa aparência, divorciada, mãe de sete filhos que, na época, tinham entre 7 e 16 anos. Ela contou que uma noite foi entregar algo à vizinha da frente. Escutem o que me recordo de ouvi-la dizer:

“Quando me virei para voltar para casa, vi as luzes acesas. Era como se eu ainda ouvisse o eco do que meus filhos me disseram uns minutos antes, quando eu ia saindo:

‘— Mãe, o que vai ter para o jantar?’

‘— Me leva na biblioteca?’

‘— Tenho de comprar cartolina ainda hoje!’

Cansada e desanimada, olhei para a minha casa e vi cada cômodo iluminado. Pensei em todos os meus filhos, em casa, esperando que eu chegasse para dar-lhes o que precisavam. Senti como se meu fardo fosse maior do que eu poderia suportar.

Lembro-me de olhar para o céu com lágrimas nos olhos e dizer: ‘Meu Pai, hoje eu não agüento mais. Estou muito cansada. Não consigo! Não vou agüentar ir para casa e cuidar sozinha dos meus filhos. Será que eu não posso ir para a Tua casa e ficar com o Senhor só hoje? Volto ao amanhecer’.

Na verdade eu não ouvi as palavras, mas a resposta veio à minha mente: ‘Não, filhinha, não pode voltar para Mim agora. Não iria querer voltar para aí depois. Mas Eu posso ir para onde você está.’”

Há muitas, tantas mães como essa jovem, que se sentia só e em desespero, mas que felizmente teve fé no Senhor, que podia amá-la e ajudá-la.

Sociedade de Socorro quer dizer fé. Quer dizer dar prioridade ao que é mais importante. Quer dizer coisas como pagar o dízimo.

O Élder Lynn Robbins, dos Setenta, conta esta história de um presidente de estaca no Panamá:

Quando era rapaz e tinha acabado de voltar da missão, encontrou a moça com que queria se casar. Eram felizes, mas muito pobres.

Houve uma época particularmente difícil, em que ficaram sem alimento e sem dinheiro. Era sábado e o armário da cozinha estava totalmente vazio. Rene ficou aflito ao ver a jovem esposa passar fome. Ele decidiu que a única opção seria usar o dinheiro do dízimo para comprar o que comer.

Quando ele ia saindo, a mulher o chamou e perguntou-lhe aonde ia. Ele disse que ia comprar comida. Ela perguntou onde arranjara o dinheiro e ele respondeu que era o dinheiro do dízimo. Ela disse: “Esse é o dinheiro do Senhor! Você não vai usá-lo para comprar comida”. A sua fé era maior que a do marido. Ele guardou o dinheiro e, naquela noite, os dois foram dormir com fome.

Na manhã seguinte, não comeram nada e foram para a Igreja em jejum. Rene deu o dinheiro do dízimo ao bispo, mas, por orgulho, não disse que passava por necessidades.

Depois das reuniões, ele e a mulher foram a pé para casa; mas não tinham ido muito longe quando um membro novo os convidou à própria casa. Esse homem era pescador e disse-lhes que havia peixe sobrando. Embrulhou cinco peixinhos em um jornal para eles, e eles agradeceram. Mais adiante, outro membro os chamou para dar-lhes tortillas; depois, outra pessoa os chamou e lhes deu arroz; depois, outro membro os viu e lhes deu feijão.

Quando chegaram a casa, tinham alimento suficiente para duas semanas. Ficaram ainda mais surpresos quando, ao desembrulhar os peixes, viram dois peixes bem grandes em vez dos cinco pequenos que pensaram ter visto. Cortaram os peixes em postas e armazenaram no freezer do vizinho.

Eles já prestaram testemunho muitas vezes de que, depois disso, nunca mais passaram fome.

Queridas irmãs, todas essas qualidades maravilhosas que a Sociedade de Socorro representa significam estar eternamente envolvidas pelos braços de Seu amor.

Isso é o que todos desejamos. Isso é o que todos almejamos. É isso que todos pedimos em oração.

Agora, queridas irmãs, só mais uma coisa para encerrar: Quero lembrá-las de que não são pessoas de menor importância no reino de Deus. Vocês são Sua divina criação. Os homens portam o sacerdócio. O papel de vocês é diferente, mas também extremamente importante. Sem vocês, o plano de felicidade do Pai se frustraria e não teria significado real. Vocês compõem 50 por cento dos membros da Igreja, e os outros 50 por cento são seus filhos. Ninguém pode subestimá-las.

Recebi outro dia a carta de uma amiga querida. O nome dela é Helen, e seu marido chama-se Charlie. Ela escreveu o seguinte, entre outras coisas:

“Hoje, Charlie e eu discursamos na reunião sacramental. No meu discurso, citei o conselho que o senhor me deu quando me formei no ensino médio em Idaho Falls e pretendia ir para a faculdade no Ricks College. O senhor me disse que eu devia ir para a faculdade da Igreja no Havaí, onde eu teria mais possibilidade de conhecer um rapaz de origem chinesa para casar.

Segui o seu conselho e fui estudar no Havaí, onde conheci Charlie e casei-me com ele. Estamos casados há 37 anos e temos cinco filhos. Todos eles serviram como missionários. Três se casaram no templo do Havaí. Temos dois filhos solteiros e esperamos que eles logo encontrem pessoas dignas para se casarem no templo. Temos seis netos lindos e vamos ganhar mais dois.

Fui abençoada com um marido fiel, que honra o seu sacerdócio e tem-se mantido digno para servir ao Senhor como bispo, presidente de estaca e presidente de missão. Tive o privilégio de apoiá-lo em todos os seus cargos na Igreja. Fui presidente da Sociedade de Socorro da estaca durante quase cinco anos.

Hoje, ao contar minhas muitas bênçãos, não pude deixar de pensar na grande influência que o senhor teve em minha vida. Quero que o senhor saiba que segui o seu conselho e por isso recebi muitas bênçãos. Agradeço a atenção que o senhor demonstrou, acompanhando o meu progresso quando vim de Hong Kong para os Estados Unidos.”

É isso o que a Sociedade de Socorro faz pelas mulheres. Dá-lhes a oportunidade de crescer e se desenvolver. Dá-lhes a condição de rainhas do próprio lar. Dá-lhes espaço e responsabilidades, condições para crescer e exercitar os próprios talentos. Dá-lhes orgulho e orientação para a vida em família. Dá-lhes mais apreço pelo bem, por seus companheiros e filhos eternos.

Que organização gloriosa é a Sociedade de Socorro! Não há nada que se compare a ela no mundo todo!

Que o Senhor abençoe cada uma de vocês com essas qualidades divinas que advêm de serem ativas nessa excelente organização que é a Sociedade de Socorro. Isso rogo humildemente, no nome sagrado de Jesus Cristo. Amém.