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sexta-feira, 22 de julho de 2016

Ele Nos Pede Que Sejamos Suas Mãos

“Que vos ameis uns aos outros, como eu vos amei a vós.”1 Essas palavras cantadas por esse maravilhoso coro foram ditas por Jesus apenas algumas horas antes de Seu grande sacrifício expiatório — sacrifício que o Élder Jeffrey R. Holland descreveu como “a mais majestosa manifestação de puro amor já demonstrada na história deste mundo”.2
Jesus não apenas nos ensinou o amor, mas também viveu o que ensinou. Por meio de Seu ministério “andou fazendo o bem”3 e “pediu a todos que seguissem Seu exemplo”.4 Ele ensinou: “Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; porém qualquer que, por causa de mim, perder a sua vida, a salvará”.5
O Presidente Thomas S. Monson, que compreende e vive essa admoestação de amar, disse: “Creio que o Salvador está dizendo que, a menos que nos entreguemos totalmente ao serviço ao próximo, haverá pouco propósito em nossa vida. Aqueles que vivem só para si acabam definhando e figurativamente perdem a vida, ao passo que aqueles que se dedicam inteiramente ao serviço ao próximo crescem e florescem — e literalmente salvam a própria vida”.6
O verdadeiro serviço cristão é abnegado e voltado para as outras pessoas. Certa mulher que cuidou do marido inválido declarou: “Não pense em sua tarefa como um fardo; pense nela como uma oportunidade de aprender o que realmente é o amor”.7
Quando falou em um devocional da BYU, a irmã Sondra D. Heaston perguntou: “E se pudéssemos realmente ver o que está no coração uns dos outros? Será que iríamos nos entender melhor? Se sentíssemos o que as outras pessoas sentem, víssemos o que veem e ouvíssemos o que elas ouvem, será que teríamos mais tempo e usaríamos mais esse tempo para servi-las, e as trataríamos de maneira diferente? Nós as trataríamos com mais paciência, mais bondade e mais tolerância?”
A irmã Heaston contou uma experiência de quando serviu em um acampamento das Moças. Ela disse:
“Um dos (…) oradores do devocional (…) nos ensinou sobre ‘tornar-nos’. Uma de suas declarações (…) foi: ‘Seja alguém que busca conhecer e servir ao próximo — jogue fora os espelhos e olhe pela janela’.
A conversa entre a moça e a líder fica difícil de acontecer quando se olha no espelho
Para demonstrar isso, ela chamou uma moça e pediu-lhe que ficasse de frente para ela. [Ela] então pegou um espelho e colocou-o entre ela, [que estava falando], e a moça, de maneira que ficasse olhando para o espelho enquanto tentava conversar com a moça. Como era esperado, esse não foi o início de uma conversa sincera ou eficaz. Essa foi uma grande lição dada por meio de um objeto que ilustrou como é difícil nos comunicar com as pessoas e servir a elas se estivermos muito preocupados conosco e vermos apenas a nós mesmos e a nossas necessidades. [Ela] então colocou o espelho de lado, pegou a moldura de uma janela e colocou-a entre seu rosto e o rosto da moça. (…) Percebemos que a moça se tornou o foco e que o verdadeiro serviço requer que nos concentremos nas necessidades e nos sentimentos das outras pessoas. Frequentemente estamos tão preocupados conosco e com nossa vida tão ocupada — como se estivéssemos olhando no espelho quando tentamos procurar oportunidades de servir — que não vemos claramente através da janela do serviço”.8
A conversa entre a moça e a líder fica fácil de acontecer quando se olha através da janela
O Presidente Monson frequentemente nos lembra de que estamos “cercados por pessoas que necessitam de nossa atenção, de nosso incentivo, de nosso apoio, de nosso consolo e de nossa bondade — sejam familiares, amigos, conhecidos ou estranhos”. Ele disse: “[Somos as] mãos do Senhor aqui na Terra, com o encargo de servir e edificar Seus filhos. Ele precisa de cada um de nós”.9
Crianças são convidadas a servirem e a serem as mãos do Senhor
Em janeiro do ano passado, a revista Friend e a revista A Liahonaconvidaram as crianças do mundo todo a seguir o conselho do Presidente Monson — de serem as mãos do Senhor. As crianças foram convidadas a realizar atos de serviço — grandes e pequenos. Elas foram incentivadas a traçar o contorno de sua mão em uma folha de papel, recortá-la, escrever nela o serviço que prestaram e enviá-la para as revistas. Muitos de vocês que me ouvem esta noite podem ter sido um dos milhares de crianças que fizeram um serviço amoroso e enviaram a carta para a revista.10
Crianças registram atos de serviço em recortes de mão de papelMilhares de crianças enviaram um relato de seus atos de serviço para as revistas
Quando as crianças aprendem a amar e a servir ao próximo enquanto ainda pequenas, elas estabelecem um padrão de serviço para o resto de sua vida. Muitas vezes as crianças ensinam ao restante de nós que o amor e o serviço não precisam ser algo grande e extraordinário para ser significativo e fazer a diferença.
Uma professora da Primária compartilhou o seguinte exemplo. “Hoje”, disse ela, “nossa classe de 5 e 6 anos fez colares de amor. Todas as crianças fizeram desenhos em tiras de papel: de si mesmas, de Jesus, de alguns dos membros da família delas e de entes queridos. Colamos as extremidades das tiras formando círculos e unimos esses círculos uns aos outros formando uma corrente, que transformamos em colares de amor. Enquanto estavam desenhando, as crianças falaram sobre sua família.
Heather disse: ‘Não acho que minha irmã me ama. A gente sempre briga. (…) Eu até me odeio. Tenho uma vida ruim’. E levou as mãos à cabeça.
Pensei a respeito das circunstâncias de sua família e senti que talvez ela realmente tivesse uma vida difícil. No entanto, depois de Heather ter dito isso, Anna aproximou-se do outro lado da mesa e disse: ‘Heather, estou colocando você em meu colar, entre mim e Jesus porque Ele ama você e eu amo você’.
Quando Anna disse isso, Heather abaixou-se, passou por debaixo da mesa para chegar perto de Anna e deu-lhe um forte abraço.
Ao final da aula, quando a avó veio buscá-la, Heather disse: ‘Adivinhe só, vovó? Jesus me ama’”.
Quando estendemos a mão com amor e servimos, mesmo que da maneira mais simples, corações são transformados e enternecidos à medida que as outras pessoas sentem o amor do Senhor.
Às vezes, no entanto, devido às inúmeras pessoas ao nosso redor que precisam de ajuda e de alívio dos fardos, pode ser difícil atender às muitas necessidades urgentes.
Irmãs, algumas de vocês que me ouvem podem sentir que estão fazendo todo o possível para atender às necessidades dos membros da família. Lembrem-se de que, nessas tarefas rotineiras e muitas vezes comuns, vocês estão “a serviço de vosso Deus”.11
Outras podem estar sentindo um vazio que poderia ser preenchido ao procurar em sua vizinhança ou na comunidade oportunidades de ajudar a aliviar o fardo de outras pessoas.
Todas podemos acrescentar algum tipo de serviço em nossa vida diária. Vivemos em um mundo incerto. Prestamos serviço quando não criticamos, quando nos recusamos a fazer fofocas, quando não julgamos, quando sorrimos, quando agradecemos, quando somos pacientes e bondosas.
Outros tipos de serviço requerem tempo, planejamento e energia extra. Mas valem todos os nossos esforços. Talvez possamos começar fazendo-nos estas perguntas:
  • Quem em meu círculo de influência eu poderia ajudar hoje?
  • Quanto tempo e quais recursos tenho disponíveis?
  • De que maneira posso usar meus talentos e minhas habilidades para abençoar outras pessoas?
  • O que podemos fazer em família?
O Presidente Dieter F. Uchtdorf ensinou:
“Vocês precisarão fazer (…) o que os discípulos de Cristo fizeram em todas as dispensações: aconselhar-se uns com os outros, usar todos os recursos disponíveis, buscar a inspiração do Espírito Santo, pedir ao Senhor Sua confirmação e, depois, arregaçar as mangas e pôr mãos à obra.
Faço-lhes uma promessa”, ele disse: “Se vocês seguirem esse padrão, receberão orientação específica quanto a quem, o quê, quando ondeprover à maneira do Senhor”.12
Sempre que fico imaginando como será quando o Salvador vier novamente, penso na visita Dele aos nefitas quando Ele perguntou:
“Tendes enfermos entre vós? Trazei-os aqui. Há entre vós coxos ou cegos ou aleijados ou mutilados ou leprosos ou atrofiados ou surdos ou pessoas que estejam aflitas de algum modo? Trazei-os aqui e eu os curarei, porque tenho compaixão de vós; minhas entranhas estão cheias de misericórdia.
(…) [O Salvador] curou a todos”.13
Por enquanto, Ele nos pede que sejamos Suas mãos.
Passei a compreender que é o amor a Deus e ao próximo que dá sentido à vida. Que sigamos o exemplo do Salvador e Sua advertência para estender a mão às outras pessoas com amor.
Presto testemunho da realidade da promessa do Presidente Henry B. Eyring de “que, se usarmos [nossos] dons para servir a alguém, [vamos] sentir o amor do Senhor por aquela pessoa. [Vamos] também sentir o amor Dele por [nós]”.14 Em nome de Jesus Cristo. Amém.

O Doce Poder da Oração

Elder Russel M. Nelson 
Do Quórum dos doze Apóstolos

Devemos orar de acordo com a vontade de nosso Pai Celestial. 
Ele quer testar-nos, fortalecer-nos e ajudar-nos a 
alcançar todo o nosso potencial.

Nestes dias de computadores, telefones e pagers, as pessoas se comunicam mais do que nunca umas com as outras. Mesmo assim, freqüentemente carecemos de uma boa comunicação. Ao visitar recentemente uma casa de repouso, conversei com uma mulher sobre sua família. Ela disse-me que tinha três filhos, dois dos quais a visitavam regularmente.


“E quanto ao terceiro filho?” perguntei.
“Não sei onde ele está”, respondeu ela em meio às lágrimas. “Não tenho notícias dele há vários anos. Nem ao menos sei quantos netos tenho.” 
Por Que Oramos
Se essa mãe anseia tanto por ouvir notícias de seus filhos, é fácil perceber por que um Pai Celestial amoroso deseja ouvir Seus filhos.1 Por meio da oração, podemos mostrar nosso amor a Deus. E Ele fez com que isso fosse muito fácil. Podemos orar a Ele a qualquer momento. Não é preciso nenhum equipamento especial. Nem ao menos temos que carregar baterias ou pagar uma taxa de serviços mensal.
Algumas pessoas só oram quando enfrentam problemas pessoais. Outras não oram nunca. Uma escritura faz o seguinte comentário: “Não vos lembrais do Senhor vosso Deus nas coisas com que ele vos abençoou, mas sempre recordais vossas riquezas, não para agradecer ao Senhor vosso Deus por elas (…)”.2
Os profetas há muito tempo nos ensinam a orar humilde e freqüentemente.3
Como Orar 
Jesus ensinou-nos como orar.4 Oramos a nosso Pai Celestial5, em nome de Jesus Cristo6, pelo poder do Espírito Santo.7 Essa é a “verdadeira ordem da oração”,8 contrastando com as “vãs repetições”9 ou recitações para “serem vistas pelos homens”.10
Jesus revelou que oramos a um sábio Pai que sabe do que precisamos antes que Lhe peçamos.11
Mórmon ensinou a seu filho Morôni que devemos orar “com toda a energia de [nosso] coração”.12 Néfi exclamou: “Oro por [meu povo] continuamente durante o dia e meus olhos molham meu travesseiro durante a noite (…) e clamo a meu Deus com fé e sei que ele ouvirá o meu clamor”.13
O doce poder da oração pode ser intensificado pelo jejum, ocasionalmente, quando for conveniente para uma necessidade particular.14
Podemos fazer orações até em silêncio. Podemos orar em pensamento, particularmente quando as palavras atrapalhariam.15 Freqüentemente nos ajoelhamos para orar; podemos orar em pé ou sentados.16 A posição física é menos importante do que a submissão a Deus.
Encerramos nossa oração dizendo: “em nome de Jesus Cristo. Amém”.17Quando ouvimos a oração de outra pessoa, dizemos de modo audível o nosso “amém”, que significa: “Essa é minha oração também”.18
Quando Orar
Quando devemos orar? O Senhor disse: “Buscai diligentemente, orai sempree sede crentes; e todas as coisas contribuirão para o vosso bem (…)”.19
Alma disse: “Aconselha-te com o Senhor em tudo que fizeres e ele dirigir-te-á para o bem; sim, quando te deitares à noite, repousa no Senhor, para que ele possa velar por ti em teu sono; e quando te levantares pela manhã, tem o teu coração cheio de agradecimento a Deus (…)”. 20
Podemos orar em segredo, regularmente com nossa família, às refeições e nas atividades diárias. Em resumo, somos um povo que ora.
Experiência Pessoal com a Oração
Muitos de nós temos experiências com o doce poder da oração. Uma das minhas foi compartilhada com um patriarca de estaca do sul de Utah. Eu o conheci em meu consultório médico há mais de 40 anos, nos primeiros dias das cirurgias cardíacas. Aquele santo homem sofria muito por causa de um coração fraco. Ele implorou ajuda, achando que sua condição era causada por uma válvula cardíaca lesada que poderia ser consertada.
Uma minuciosa avaliação revelou que ele tinha duas válvulas defeituosas. Embora uma delas pudesse ser corrigida cirurgicamente, a outra não podia. Portanto, não era recomendável realizar uma cirurgia. Ele ouviu essa notícia com profundo desapontamento.
As consultas subseqüentes terminaram com o mesmo conselho. Por fim, em desespero, ele disse-me, muito emocionado: “Dr. Nelson, orei pedindo ajuda e fui guiado até você. O Senhor não me irá revelar como consertar aquela segunda válvula, mas Ele pode revelar isso a você. Sua mente está muito preparada. Se você me operar, o Senhor fará com que saiba o que precisa fazer. Por favor, realize a operação da qual necessito e ore pela ajuda de que você necessita”.21
Sua grande fé teve um profundo efeito sobre mim. Como eu poderia recusar-me a ajudá-lo? Depois de uma fervorosa oração que fizemos juntos, concordei em tentar. Ao preparar-me para aquele dia fatídico, orei repetidas vezes, mas ainda não sabia o que fazer para consertar sua válvula tricúspide defeituosa. Até no momento de começar a cirurgia,22 meu assistente perguntou: “O que você vai fazer com isso?”
Eu disse: “Não sei”.
Começamos a operação. Depois de consertar a obstrução da primeira válvula,23 expusemos a segunda válvula. Descobrimos que ela estava intacta, mas tão acentuadamente dilatada que não podia funcionar como deveria. Enquanto examinava aquela válvula, uma mensagem se formou com clareza em minha mente: Reduza a circunferência do anel. Transmiti aquela mensagem a meu assistente. “O tecido da válvula será suficiente seconseguirmos reduzir eficazmente o tamanho do anel até suas dimensões normais.”
Mas como? Não poderíamos colocar uma cinta, como as que usamos para apertar a cintura de uma calça larga. Não poderíamos apertá-la com uma faixa, como a que segura a sela de um cavalo. Então uma imagem surgiu com clareza em minha mente, mostrando como poderíamos dar os pontos (fazendo uma prega aqui, uma dobra ali) para alcançar o objetivo desejado. Ainda me lembro daquela imagem mental — completa com linhas pontilhadas nos lugares em que as suturas deveriam ser feitas. A cirurgia de reparo foi realizada como fora desenhada em minha mente. Testamos a válvula e descobrimos que a insuficiência tinha sido notavelmente reduzida. Meu assistente disse: “É um milagre”.
Respondi: “E a resposta a uma oração”.
A recuperação do paciente foi muito rápida e seu alívio, gratificante. Ele não apenas me ajudou de modo maravilhoso, mas fez com que o auxílio cirúrgico para outras pessoas com problemas semelhantes se tornasse possível. Não tenho mérito nenhum nisso. Todo o louvor deve ser dado àquele fiel patriarca e a Deus, que respondeu a nossas orações. Aquele homem fiel viveu muitos anos e depois foi para sua glória eterna. 
Perguntar ao Senhor
Quando oramos, não devemos achar que podemos dar conselhos ao Senhor, mas devemos perguntar a Ele,24 e ouvir Seu conselho.25 A primeira oração de Joseph Smith deu início à Restauração do evangelho.26 Em 1833, ele recebeu a Palavra de Sabedoria, depois de pedir conselho ao Senhor.27A revelação que o Presidente Spencer W. Kimball recebeu em 1978 sobre o sacerdócio veio após muito perguntar ao Senhor.28 A inspiração para a construção de templos menores veio ao Presidente Gordon B. Hinckley depois de ele ter ponderado o assunto.29  
Respostas a Orações
Nem todas as nossas orações serão atendidas da forma que desejamos. De vez em quando, a resposta será não. Não devemos ficar surpresos com isso. Os pais mortais amorosos não dizem sim a todos os pedidos de seus filhos.30
Numa recente reunião de noite familiar com outros membros da família, nossos netos estavam-se divertindo bastante. Um neto de seis anos ficoumuito chateado quando seu pai disse que era hora de ir para casa. Então o que aquele adorável menino fez? Ele procurou-me e disse: “Vovô, tenho sua permissão para desobedecer meu pai?”
Eu disse: “Não, meu querido. Uma das grandes lições da vida é aprender que a felicidade vem por meio da obediência.31 Vá para casa com sua família, e você será feliz.” Embora desapontado, ele acatou obedientemente.
Devemos orar de acordo com a vontade de nosso Pai Celestial.32 Ele quer testar-nos, fortalecer-nos e ajudar-nos a alcançar todo o nosso potencial. Quando o Profeta Joseph Smith estava preso na Cadeia de Liberty, ele suplicou por auxílio. Suas orações foram respondidas com uma explicação: “(…) todas essas coisas te servirão de experiência e serão para o teu bem”.33  
Hino de Oração
Sinto-me inspirado a concluir esta mensagem sobre a oração com uma oração, apresentada em forma de hino. O Senhor disse que “o canto dos justos é uma prece a mim”.34 A música é do nosso livro de Hinos, 35 para o qual escrevi uma nova letra. Com agradecimentos a Craig Jessop, Mack Wilberg e outros queridos amigos do Coro do Tabernáculo, ouviremos esse hino de oração. Irmão Jessop, por favor:
[O Coro do Tabernáculo, então, cantou “Our Prayer to Thee” (Nossa Oração a Ti).]
Em nome de Jesus Cristo. Amém.
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Ao orar podemos sentir o abraço do Salvador e o Amor do Pai Celestial.
Presto testemunho de que quando oramos o Espírito Santo se aproxima e o mal se afasta.

Em nome de Jesus Cristo, Amém
!

Andreza Lima
Ala Pirajussara - Estaca Campo Limpo

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

A Língua dos Anjos

Do Quórum dos Doze Apóstolos

Nossas palavras, tal como nossas ações, devem ser cheias de fé, esperança e caridade.

O Profeta Joseph Smith aprofundou nosso conhecimento do poder da palavra quando ensinou: “É pelas palavras (…) [que] todo ser opera quando opera pela fé. Deus disse: ‘Haja luz; e houve luz’. Josué falou, e as grandes luzes que Deus havia criado ficaram paradas. Elias, o profeta, ordenou, e os céus se contiveram pelo espaço de três anos e seis meses, de modo que não choveu. (…) Tudo isso foi feito pela fé. (…) A fé, portanto, opera pelas palavras; e com [palavras] suas obras mais poderosas foram e serão realizadas”.1 Como todas as dádivas que “vêm de cima”, as palavras são sagradas e devem ser ditas “com cuidado e por indução do Espírito”.2
É com essa compreensão do poder e santidade das palavras que desejo prevenir a todos, se é que isso é preciso, quanto ao modo como falamos uns com os outros e como falamos de nós mesmos.
Há um versículo de um livro apócrifo que expressa a seriedade dessa questão melhor do que eu. É o seguinte: “O golpe do chicote deixa marcas na carne; mas o golpe da língua quebra os ossos”.3 Com essa forte imagem em mente, fui particularmente inspirado a ler no livro de Tiago que há um modo pelo qual eu posso me tornar “perfeito”.
Tiago disse: “Porque todos tropeçamos em muitas coisas. [Mas] se alguém não tropeça em palavra, o tal é perfeito, e poderoso para também refrear todo o corpo”.
Dando continuidade à imagem do freio, ele escreveu: “Ora, nós pomos freio nas bocas dos cavalos, para que nos obedeçam; e conseguimos dirigir todo o seu corpo.
Vede também as naus que, sendo tão grandes, e levadas de impetuosos ventos, se viram com um bem pequeno leme”.
Então, Tiago chega aonde pretendia: “Assim também a língua é um pequeno membro. (…) [Mas] vede quão grande [floresta (em grego)] um pequeno fogo [pode incendiar].
(…) A língua [é um fogo,] posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, (…) e é inflamada pelo inferno.
Porque toda a natureza, tanto de bestas feras como de aves, tanto de répteis como de animais do mar (…) foi domada pela natureza humana;
Mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal.
Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus.
De uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim”.4
Ora, isso foi muito direto! Evidentemente, Tiago não quis dizer que nossa língua é sempre iníqua, tampouco que tudo o que dizemos é “cheio de peçonha mortal”, mas fica claro que ele quis dizer que ao menos algumas coisas que dizemos podem ser destrutivas, até venenosas—e essa é uma acusação assustadora para um santo dos últimos dias! A voz que presta um profundo testemunho, profere orações fervorosas e canta os hinos de Sião pode ser a mesma voz que deprecia e critica, envergonha e rebaixa, inflige dor e destrói seu próprio espírito e o de outras pessoas no processo. “De uma mesma boca procede bênção e maldição”, lamenta Tiago. “Meus irmãos [e irmãs], não convém que isto se faça assim.”
Não será isso algo no qual todos podemos melhorar um pouquinho? Não será um ponto em que todos podemos tentar ser um pouco mais perfeitos?
Marido, foi-lhe confiada a dádiva mais sagrada que Deus pode conceder: uma esposa, uma filha de Deus, a mãe de seus filhos que voluntariamente se dedicou a você por amor e agradável companhia. Pense no tipo de coisas que você dizia quando estavam namorando, pense nas bênçãos que você lhe deu impondo as mãos sobre a cabeça dela com todo o carinho, pense em você e nela como o deus e a deusa que vocês são em potencial e, depois, reflita a respeito de outros momentos marcados por palavras frias, cáusticas e impensadas. Em vista dos danos que podem ser causados pela língua, não admira que o Salvador tenha dito: “O que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca, isso é o que contamina o homem”.5 O marido que nunca sonharia em agredir a esposa fisicamente é capaz de partir-lhe , se não os ossos, certamente o coração, pela brutalidade de palavras impensadas ou rudes. Os maus-tratos físicos são unânime e inequivocamente condenados na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Se for possível ser mais condenatório ainda, denunciamos mais vigorosamente todas as formas de abuso sexual. Hoje, censuro os maus-tratos verbais e emocionais que qualquer pessoa inflija a qualquer outra, mas especialmente os do marido contra a mulher. Irmãos, não convém que isto se faça assim.
Nesse mesmo espírito, falamos também às irmãs, porque o pecado dos maus-tratos verbais não existe apenas nos homens. Esposas, o que dizer da sua língua desenfreada, ou do bem ou mal que as suas palavras podem fazer? Como pode uma voz tão encantadora, que por natureza divina é tão angelical, tão naturalmente espiritual, tão instintivamente gentil e intrinsecamente bondosa, tornar-se estridente, mordaz, ácida e descontrolada? As palavras de uma mulher podem ser mais cortantes do que qualquer adaga já forjada e podem fazer com que seus entes queridos se ocultem por trás de uma barreira mais intransponível do que se poderia imaginar no início da conversa. Irmãs, não há lugar nesse seu espírito magnífico para qualquer tipo de expressão ácida ou cáustica, inclusive para a fofoca, a difamação ou os comentários maldosos. Que jamais se possa dizer, de nossa casa, ala ou vizinhança, que “a língua (…) é um fogo; como mundo de iniqüidade [queimando] entre os nossos membros”.
Gostaria de ampliar esse conselho para aplicá-lo a toda a família. Precisamos ser muito cuidadosos ao falar com as crianças. O que dizemos ou deixamos de dizer, como dizemos e quando dizemos são elementos extremamente importantes na formação da imagem que a criança tem de si mesma; mas isso é ainda mais importante na formação da fé que a criança tem em nós e da fé que tem em Deus. Sejam edificantes nos comentários que fazem às crianças —sempre. Nunca digam para uma criança, nem por brincadeira, que ela é gorda, burra, preguiçosa ou feia. Vocês jamais fariam isso por maldade, mas elas se lembrarão disso e podem passar vários anos tentando esquecer — e perdoar. E não tentem comparar seus filhos uns com outros, mesmo que achem que sabem fazer isso com tato. Vocês podem dizer de modo muito positivo que “Susana é bonita, e Sandra é inteligente”, mas Susana só vai-se lembrar que não é inteligente, e Sandra, que não é bonita. Elogiem cada filho individualmente pelo que ele é, e ajudem-no a escapar da obsessão de nossa cultura em comparar, competir e de nunca sentir que somos “suficientemente bons”.
Nisso tudo, suponho que não seja nem preciso dizer que as palavras negativas geralmente são resultado de pensamentos negativos, inclusive a nosso próprio respeito. Vemos nossas próprias faltas, falamos (ou ao menos pensamos) de modo crítico a nosso próprio respeito e, em pouco tempo, é assim que passamos a ver a tudo e a todos, sem um raio de sol, sem rosas nem qualquer promessa de esperança ou felicidade. Em pouco tempo, nós e todos ao nosso redor passamos a nos sentir péssimos.
Adoro o que o Élder Orson F. Whitney disse certa vez: “O espírito do evangelho é otimista; ele confia em Deus e olha para o lado positivo das coisas. O oposto, ou o espírito pessimista, arrasta os homens para baixo e para longe de Deus, olha para o lado sombrio, murmura, reclama e é lento em obedecer”.6 Devemos honrar a declaração do Salvador de “ter bom ânimo”.7(De fato, parece-me que esse é o mandamento que mais transgredimos!) Digam coisas positivas. Digam coisas animadoras, inclusive a respeito de si mesmos. Tentem não reclamar nem resmungar incessantemente. Dizem por aí que até quando a vida é um mar de rosas há quem reclame dos espinhos.
Muitas vezes penso que Néfi deve ter achado mais fácil ser amarrado e espancado do que ouvir as constantes lamúrias de Lamã e Lemuel.8 Ele deve ter dito, com certeza, pelo menos uma vez: “Batam mais! Podem bater até eu não ter mais que ouvir vocês!” É, a vida tem problemas; é verdade, há coisas negativas a enfrentar, mas, por favor, aceitem uma das máximas de vida do Élder Holland: “Não há desgraça na vida que a lamúria não piore”.
Paulo falou com toda franqueza, mas com muito otimismo, dizendo para todos nós: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem.
E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, (…)
Toda a amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia e toda a malícia sejam tiradas dentre vós (…)
Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.”9
Em seu profundo e tocante testemunho final, Néfi nos conclama a “[seguirmos] o Filho [de Deus] com todo o coração”, prometendo: “depois de (…) haverdes recebido o batismo de fogo e do Espírito Santo [podereis] falar em uma língua nova, sim, na língua de anjos. (…) E como poderíeis falar a língua de anjos se não fosse pelo Espírito Santo? Os anjos falam pelo poder do Espírito Santo; falam, portanto, as palavras de Cristo.”10 De fato, Cristo foi e é “o Verbo”, de acordo com João, o amado,11 cheio de graça e verdade, cheio de misericórdia e compaixão.
Portanto, irmãos e irmãs, nessa longa jornada eterna para tornarmo-nos mais semelhantes ao Salvador, procuremos ser homens e mulheres “perfeitos” ao menos em um aspecto: não tropeçando em palavra; ou, para dizer claramente, falando em uma nova língua, a língua dos anjos. Nossas palavras, tal como nossas ações, devem ser cheias de fé, esperança e caridade, os três grandes princípios cristãos que são tão desesperadamente necessários no mundo atual. Com palavras assim, proferidas sob a influência do Espírito, lágrimas podem ser enxutas, corações podem ser curados, vidas podem ser elevadas, a esperança pode retornar, a confiança pode prevalecer. Oro para que minhas palavras sobre esse tema difícil não lhes tirem o alento, mas lhes sirvam de incentivo; que vocês percebam em minha voz que eu os amo, porque isso é verdade, e, o que é mais importante, saibam que o Pai Celestial os ama, e Seu Filho Unigênito também. Quando Eles falarem a vocês — e hão de falar — não será no vento nem no terremoto nem no fogo, mas com uma voz mansa e delicada, uma voz terna e bondosa:12 será na língua dos anjos. Que todos nos regozijemos na idéia de que, quando dizemos coisas edificantes e animadoras ao menor destes nossos irmãos, irmãs e pequeninos, as dizemos a Deus.13 Em nome de Jesus Cristo. Amém. 


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Ao ler esse discurso, só sinto o desejo que minhas palavras sirvam de alento, que eu possa sempre ter o prazer e privilégio de falar com a verdade, limpa e clara, pura como uma água cristalina.
Que eu possa desenvolver o Amor, e fazer com as pessoas ao meu lado enxerguem somente o Amor.
Como sou grata em poder amar. Amar as pessoas, meus amigos, familiares, meu amado marido (ele é muito fácil amar), minha linda filha.. ESSA EU AMO MAIS QUE TUDO !!!!
Me entristece saber que muitas pessoas não sabem o real sentido do amor, não sabem como é realmente amar.
Aahh... Eu realmente desejo falar sempre a língua dos anjos.

Em nome de Jesus Cristo, Amém!
Andreza Lima Balbino.